O rebelde Exército Livre Sírio (ELS) ameaçou nesta terça-feira, 10, "atacar o regime sírio em 48 horas de uma forma como nunca fizemos antes", se as forças de Damasco não deterem imediatamente as hostilidades, segundo o porta-voz do grupo, coronel Qasem Saadedin.Veja também:Rússia estuda participar da futura missão da ONU na SíriaPossível fracasso na missão de Annan põe ONU em alertaESPECIAL: Primavera Árabe
A advertência dos rebeldes coincide com o fim do prazo dado pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, às autoridades sírias para a retirada de suas tropas das cidades.O grupo afirmou também que mil pessoas foram mortas por forças do governo nos últimos oito dias. Segundo Bassma Kodmani, porta-voz do grupo, somente na segunda-feira, 9, 160 pessoas forma mortas no país. Ela disse aos jornalistas em Genebra, nesta terça-feira, 10, que as forças do regime têm usado armamento pesado contra civis, contrariando o acordo de cessar-fogo que teria início nesta terça-feira. Kodmani afirmou que a situação humanitária em território sírio está "se deteriorando dramaticamente". Descumprimento de acordo
Pelo acordo de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), liderado por Kofi Annan, tanto o governo quanto os rebeldes que tentam derrubar o regime de Bashar Assad deveriam abandonar as áreas estratégicas, depor armas e iniciar um cessar-fogo entre hoje e quinta-feira. Ativistas, no entanto, afirmam que não há sinais de recuo em larga escala por parte das forças sírias, ao contrário do que afirma Damasco.
Na França, o porta-voz do Ministro de Relações Exteriores, Bernard Valero, classificou a alegação de que o governo sírio está cumprindo o acordo de Annan como "uma nova expressão desta flagrante e inaceitável mentira".