Rebeldes chechenos libertam reféns no Daguestão e fogem

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Por Agencia Estado
Atualização:

Rebeldes chechenos que entraram ilegalmente no vizinho Daguestão libertaram todos os reféns que estavam em seu poder e fugiram durante a a noite da aldeia que haviam ocupado, evitando assim a captura por militares russos, anunciaram autoridades locais nesta terça-feira (16). Inicialmente, a polícia do Daguestão havia informado que a maioria das dezenas de rebeldes que invadiram a aldeia depois de uma emboscada contra um posto na fronteira com a Chechênia estavam cercados em Galatli. Mais tarde, Anzhela Martirosova, porta-voz do Ministério do Interior do Daguestão, disse que os suspeitos abandonaram a aldeia despercebidos na calada da noite, deixando para trás seus 11 reféns - sete de Galatli e quatro capturados em Shauri. De acordo com uma fonte do ministério, antes de os rebeldes deixarem Galatli, eles pediram aos reféns que não saíssem da aldeia nem se aproximasssem de forças policiais ou militares posicionadas na região enquanto não amanhecesse. Dezenas de homens armados entraram no Daguestão provenientes da Chechênia na manhã de ontem, depois de terem atacado um posto de fronteira e matado nove agentes, disseram funcionários locais. As autoridades acreditam que os rebeldes dividiram-se em pelo menos três grupos ainda ontem, depois de deixarem Shauri. O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Ivanov, comentou que as forças russas descobriram um grupo de rebeldes na manhã de hoje perto de Shauri e mataram seis suspeitos, informou a agência de notícias Interfax. De acordo com ele, as operações para rastrear e matar os rebeldes no Daguestão são lideradas pelo comando das forças russas posicionadas na conturbada república separatista da Chechênia. Said-Salim Peshkhoyev, um assessor do governo regional do sudoeste da Rússia, disse que entre seis e oito rebeldes morreram em ataques promovidos por helicópteros artilhados. Não se sabe se ele e Ivanov referiam-se aos mesmos incidentes. Por sua vez, a agência de notícias ITAR-Tass citou um agente de fronteira para informar que sete homens armados - provavelmente parte do grupo que entrou no Daguestão a partir da Chechênia - foram assassinados na fronteira entre o Daguestão e a ex-república soviética da Geórgia.

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