Os rebeldes Tigres Tâmeis, do Sri Lanka, concordaram nesta terça-feira em realizar conversas incondicionais com o governo, mas alertaram que vão romper um cessar-fogo, em vigência desde 2002, se o governo persistir em sua campanha militar, disse um porta-voz dos insurgentes. "Dissemos estar prontos para conversas. Não colocamos nenhuma condição a isso, nem o governo", disse o porta-voz dos rebeldes, Daya Master, à Associated Press (AP). Ele falou após o enviado de paz da Noruega, Jon Hanssen-Bauer, ter se encontrado com o líder da ala política dos Tigres, Suppiah Thamilselvan, para pressionar por um fim a meses de recente derramamento de sangue, retomando assim as conversas, paradas em fevereiro. "O senhor Thamilselvan disse uma coisa: nós iremos nos descomprometer totalmente com o cessar-fogo se o governo continuar a nos atacar", disse Master. O presidente Mahinda Rajapakse tomaria uma decisão final sobre manter negociações com os rebeldes, disse o principal negociador de paz do governo, Nimal Siripala. Violência no país O cessar-fogo mediado peça Noruega temporariamente parou a guerra civil, de 19 anos de duração, do Ski Lanka, num campo de batalha entre o governo e os Tigres da Libertação de Tâmil Eelam, que querem moldar uma pátria separada para o grupo étnico tâmil. Cerca de 65 mil pessoas foram mortas no conflito antes da trégua. Recentes lutas deste o fim de julho, entretanto, deixaram pelo menos mil civis e combatentes mortos. Não houve data anunciada para o começo das negociações, embora a porta-voz de segurança nacional do governo, Keheliya Rambukwella, disse que Colombo havia sugerido dia 30 de outubro ou 10 de novembro como datas possíveis.