05 de janeiro de 2013 | 15h53
Alindao não fica no caminho para Bangui, a capital de 700 mil habitantes e que agora está fortemente protegida por tropas do Chade e por outras forças enviadas de países vizinhos. Alindao fica a cerca de 120 quilômetros de Bambari, a terceira maior cidade do país e que já está sob controle rebelde.
Os insurgentes tomaram as 11 vilas e cidades em um período de um mês. Eles haviam dito que interromperiam seu avanço até o início das negociações com o governo do presidente François Bozize, marcado para a terça-feira. A tomada de Alindao, no entanto, levanta dúvidas sobre o possível sucesso das negociações. Os rebeldes pedem a renúncia do presidente, mas Bozize já disse que não pretende deixar o poder antes do fim de seu mandato, em 2016.
Na sexta-feira, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas pediu aos rebeldes que abandonassem as vilas tomadas e participassem de negociações de paz com o governo em Libreville, Gabão, "sem precondições".
A coalizão rebelde Seleka é formada por quatro grupos que antes lutavam uns contra os outros. Bozize convidou os rebeldes a formarem um governo de coalizão, mas os grupos querem que o presidente deixe o poder. Os rebeldes também querem que Bozize respeite os acordos de paz anteriores, ajudando no desarmamento, desmobilização e reintegração de ex-rebeldes à sociedade.
Bozize chegou ao poder através de um golpe de Estado em 2003 e, desde então, venceu duas eleições. As informações são da Associated Press.
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