Rebeldes de Uganda sequestram e matam centenas, diz grupo

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Por KATRINA MANSON
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Um grupo armado rebelde de Uganda sequestrou 697 pessoas na África central nos últimos 18 meses, matando a maioria delas, de acordo com a investigação de um grupo de direitos humanos. "O LRA (sigla em inglês do Exército da Resistência do Senhor) matou aos menos 255 crianças e adultos, algumas vezes esmagando suas cabeças", disseram investigadores do Human Rights Watch (HRW) que passaram um mês buscando evidências sobre os ataques na República Centro-Africana e na República Democrática do Congo. "Quase um terço dos sequestrados são crianças, muitos deles estão sendo obrigados a servir como soldados ou escravos sexuais dos combatentes do grupo", disse um comunicado do HRW. O grupo de direitos humanos identificou os abusos cometidos pelo LRA, que incluem amarrar as pessoas pela cintura em longas correntes humanas e espancá-las obrigando-as ao trabalho forçado. Aqueles que não conseguem manter o ritmo do trabalho, são espancados até a morte. Muitas crianças são recrutadas para matas outras crianças. Segundo o HRW, esses ataques tiveram um "impacto devastador" em comunidades locais. Até 74 mil pessoas foram obrigadas a fugir da República Centro-Africana e do vizinho Congo para escapar da violência. Outro grupo de direitos humanos, o Enough, disse na quarta-feira que o LRA atacou o território de Bas Uele 51 vezes nos últimos 15 meses, aumentando o número de mortos no Congo vítimas do LRA para 2.500 desde 2008.

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