Rebeldes detêm avanço para que Aristide saia

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Por Agencia Estado
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Depois de dias de caos, violência e saques em Porto Príncipe, o líder rebelde, Guy Philippe, disse que suas forças conterão temporariamente o ataque à capital do Haiti para ver se o presidente Jean-Bertrand Aristide cede à pressão e renuncia. Philippe disse à Associated Press que quer "dar uma chance à paz". Com quase 5 mil combatentes, as forças de Philippe já controlam mais da metade do país e nos últimos dias disseram que em breve atacariam Porto Príncipe. "Estamos dispostos a falar com qualquer um. A única pessoa no país que não quer (falar) é o senhor Aristide", disse. Philippe havia dito que os rebeldes estavam dispostos a entrar na capital para capturar Aristide e julgá-lo por "crime de alta traição". Sobre a possível presença de uma força de paz internacional, Philippe disse que "se essa força não atacar o povo do Haiti, não a atacaremos". "Se vierem ajudar-nos a derrubar o senhor Aristide, serão bem-vindos." Ele se referia ao anúncio dos EUA e da França sobre a possibilidade de enviarem ao Haiti uma força de segurança e uma força civil, respectivamente, diante da deterioração da situação interna no país caribenho. Em Porto Príncipe, militantes leais ao presidente ergueram dezenas de barricadas em chamas nas ruas da cidade e nas estradas que levam ao aeroporto. Os defensores do presidente também começaram a assaltar quem se aproximava das barricadas. As forças policiais não faziam nada para deter o caos. Os militantes saquearam lojas, armazéns e restaurantes.

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