22 de novembro de 2013 | 04h02
Um porta-voz do exército sírio informou que os rebeldes passaram meses cavando túneis embaixo dos prédios para depositar explosivos e explodir a base no sábado.
Na quinta-feira, esforços para limpar os destroços das construções tombadas no limite da cidade de Harasta, controlada pelos rebeldes, foram impedidos por atiradores insurgentes escondidos, informou o porta-voz. Em vídeos publicados na internet, um grupo rebelde assumiu a autoria pelo ataque.
O grupo islamita chamado Liwa Dera al-Asima (Escudo para a Brigada da Capital, em árabe), que assumiu o atentado, disse que usou ferramentas básicas para cavar o túnel durante quase seis meses. De acordo com os membros, a base do exército era usada pelo regime sírio para bombear os rebeldes nos subúrbios da capital.
O governo manteve silêncio sobre a base atacada. Os primeiros a informarem sobre o atentado foram ativistas opositores, no domingo, estimando 31 mortes. No entando, um membro das forças de segurança do país que testemunhou o ataque e a tentativa de retirada dos corpos disse ao jornal Wall Street Journal que o número de mortos era muito maior, cerca de 200, de acordo com um hospital militar de Damasco.
"Nós não temos armas avançadas para atacar essa base, que bombardeia o leste de Ghouta todos os dias, então nós encontramos outra maneira de destruí-la", disse um ativista de Harasta. Ghouta, o distrito mais ao leste de Harasta, foi atingido em agosto pelas armas químicas que mataram mais de 1400 pessoas e quase levaram a uma retaliação dos EUA contra o governo da Síria. Fonte: Dow Jones Newswires.
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