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Rebeldes sírios fecham acesso a Alepo, diz grupo opositor

Ataque aéreo das forças do presidente Bashar Assad matou dez crianças no domingo

Por AE
Atualização:

ALEPO - Rebeldes armados fecharam nesta segunda-feira, 26, o acesso a Alepo, maior cidade da Síria, por meio da província vizinha de Raqa, bloqueando as linhas de suprimentos para as forças do governo. Os rebeldes sírios tomaram o controle de Tishrin, no rio Eufrates, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.Segundo o diretor da base britânica do Observatório, Rami Abdul-Rahman, os rebeldes sírios assumiram inclusive o controle de uma hidrelétrica no Eufrates, no norte do país. A hidrelétrica fornece energia a diversas partes da Síria.Os rebeldes têm anunciado uma série de avanços estratégicos nos últimos dias. No domingo, eles assumiram o controle de uma base aérea nos arredores de Damasco, área antes completamente controlada pelo governo.

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Morte de criançasTambém nesta segunda-feira, a Cruz Vermelha Internacional conclamou os dois lados a respeitarem as regras de direito humanitário, um dia depois de um bombardeio aéreo ter matado dez crianças e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) ter requisitado mais fundos para suportar a crise.Segundo opositores de Assad, o ataque no qual as dez crianças morreram teria sido perpetrado por forças do governo, usando bombas de cacho.

França

A França, enquanto isso, declarou que já encaminhou 1,2 milhão de euros (US$ 1,5 milhão) em ajuda emergencial à coalizão opositora. O primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, criticou o suporte francês aos rebeldes, classificando-o como "inaceitável".

Os conflitos na Síria contra o presidente Assad eclodiram em março de 2011 como uma revolta inspirada na Primavera Árabe. O conflito rapidamente transformou-se em uma guerra civil que já matou mais de 40 mil pessoas, de acordo com ativistas.

IrãNo Cairo, o vice-líder do Hamas, Mussa Abu Marzuk, disse que o Irã deveria reconsiderar seu apoio ao governo da Síria se não quiser alienar a opinião pública árabe. "A posição do Irã no mundo árabe não é mais uma boa posição", advertiu Marzuk, cujo movimento havia mantido uma base em Damasco, durante uma breve entrevista coletiva concedida em sua nova sede na capital do Egito.O Hamas, que governa a Faixa de Gaza, realocou sua liderança de Damasco para o Catar e o Egito após uma desavença com o presidente Assad, por causa da brutal repressão do governo aos protestos iniciados em março do ano passado. 

Com Dow Jones e AP

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