18 de junho de 2012 | 03h04
Um dia depois do anúncio da suspensão da missão dos observadores internacionais na Síria, a oposição denunciou o aumento dos ataques por tropas do governo de Bashar Assad e acusou a ONU de ter abandonado o povo sírio a um "massacre". Os rebeldes pedem que as potências cheguem a um acordo rápido para o envio de soldados da ONU armados para proteger a população. Na prática, uma intervenção armada.
Washington, Paris e Londres articulam uma nova resolução que significaria o fim dos planos do mediador Kofi Annan de estabelecer um cessar-fogo. Amanhã, o Conselho de Segurança se reúne em caráter de emergência.
A missão de observadores era o principal pilar de Annan na Síria. No sábado, a entidade anunciou a suspensão da missão em razão da escalada da violência. O Conselho Nacional Sírio se disse surpreso com a decisão. "Em um momento em que o regime está cometendo os piores crimes, estamos surpresos diante da decisão da ONU de suspender seus trabalhos, em razão o que descrevem como intensificação da violência", declarou o Conselho.
Ofensiva. O foco dos ataques do governo, mais uma vez, é Homs. A cidade foi sitiada por 30 mil soldados e milícias do governo há vários dias e mais de mil famílias estariam impedidas, segundo a oposição, de sair dos bairros mais atingidos em virtude dos tiroteios. "Está claro que as tropas oficiais querem reconquistar Homs", declarou Rami Abdul-Rahman, que preside o Observatório de Direitos Humanos da Síria.
No bairro de Mleiha, em Damasco, intensos conflitos foram registrados, assim como em Idlib, Deraa e Alepo. Em Hama, rebeldes mataram pelo menos três soldados. No total, foram pelo menos cem mortos no fim de semana. / COM AP
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