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Receio de ataques a escolas causa 4 prisões

Por AP
Atualização:

Passados três dias do massacre de 15 pessoas em Albertville, sul da Alemanha, pelo menos quatro acusados de postar ameaças em bate-papos na internet foram detidos na Europa. A polícia alemã prendeu um jovem de 21 anos na Baixa Saxônia e outras três pessoas encontram-se sob custódia na França, Holanda e Suécia. Os quatro teriam se inspirado em Tim Kretschmer, que massacrou colegas de escola e pedestres antes de se suicidar, na quarta-feira. Autoridades da cidade holandesa de Breda fecharam ontem escolas e creches por causa de uma ameaça veiculada em um site. A mensagem alertava para um iminente ataque a tiros. Em Ilsfed, sudoeste de Alemanha, e em um subúrbio de Paris, colégios também acabaram fechados após serem citados em ameaças divulgadas em salas de bate-papo. A polícia de Lund, na Suécia, deteve um jovem que enviou fotos suas portando armas a amigos. Os detidos afirmaram que as mensagens eram "brincadeira". Se levados à Justiça, eles poderão ser presos. "Está claro que, depois do massacre de Albertville ter atraído tanta atenção, outros estão tentando imitar", declarou Thomas Maile, porta-voz da polícia alemã. SUSPEITA DE FRAUDE Com auxílio de policiais dos Estados Unidos, investigadores alemães apuram agora a autenticidade de uma mensagem supostamente postada por Kretschmer horas antes do massacre de quarta-feira. No texto divulgado em uma sala de bate-papo, o jovem teria anunciado suas intenções - mas há fortes suspeitas de que o anúncio tenha sido forjado. Brigitte Wahl, porta-voz da polícia alemã, disse que a cooperação com os EUA foi iniciada porque o servidor do bate-papo em que a mensagem foi divulgada encontra-se em território americano. "Mas isso levará tempo", disse Brigitte.A polícia foi avisada da suposta ameaça de Kretschmer horas depois de o massacre ter acontecido e do assassino ter se suicidado. Os investigadores, então, revelaram ao público o texto durante uma entrevista. Procuradores consideram a possibilidade de processar o pai de Kretschmer, proprietário da arma usada no massacre. Segundo a lei alemã, seria sua responsabilidade a segurança da pistola.

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