Recomeça julgamento de Saddam sem a presença da defesa

Todos os acusados assistem ao julgamento. Inclusive Saddam, que foi expulso da sessão de segunda-feira pela segunda vez em uma semana

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O Tribunal Penal Supremo iraquiano retomou nesta terça-feira o julgamento do ditador iraquiano, Saddam Hussein, e de seus antigos assessores, mais uma vez sem a presença da equipe de defesa, que boicota a sessão. A audiência desta terça é a 12ª do julgamento pelas acusações de genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade contra o povo curdo no norte do Iraque. Todos os acusados assistem ao julgamento. Inclusive Saddam, que foi expulso da sessão de segunda-feira pela segunda vez em uma semana, após uma discussão com o juiz, Mohammed Majid al-Khalifa. Khalifa exigiu de Saddam que respeite as leis do tribunal. O ex-ditador iraquiano pediu para ler uma nota, preparada desde a véspera, segundo mostraram imagens da televisão. A transmissão foi cortada antes de se saber se o juiz permitiu a leitura ou não. A equipe de defesa boicota o processo em protesto contra "a intromissão do governo" no julgamento, após a destituição do juiz anterior na semana passada. Ele havia afirmado que Saddam "não era um ditador". Saddam Hussein e seus assessores são julgados pelos massacres cometidos entre 1987 e 1988, na operação al-Anal, contra as regiões curdas do nordeste do país. Segundo o Procurador-geral do Tribunal Penal Supremo, mais de 180 mil curdos foram assassinados no período.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.