
09 de setembro de 2011 | 09h51
BEIRUTE - O possível reconhecimento do Estado palestino pela ONU não mudará o estado dos refugiados nem resolverá seus problemas, afirmou a ministra de Assuntos Sociais da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Majida Al-Masri.
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Em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal "L'Orient-Le Jour", a ministra se mostrou pessimista sobre a melhoria das condições dos palestinos refugiados, enquanto espera que a Assembleia Geral da ONU vote no final do mês uma resolução a favor do Estado palestino.
"O problema dos refugiados não será resolvido com o reconhecimento do Estado palestino, mas já é um passo para o caminho que conduz ao estabelecimento de um Estado livre e soberano, de acordo com as fronteiras de 4 de junho de 1967", afirmou.
Majida participou em Beirute de um seminário organizado pela Comissão Econômica e Social para o Oeste Asiático (ESCWA, na sigla em inglês), da qual é conselheira regional.
A ministra acrescentou que o problema dos refugiados permanece, apesar de poderem se beneficiar do direito de retorno estipulado na resolução 194 do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Segundo a ONU, cerca de 400 mil refugiados palestinos vivem no Líbano, metade deles em condições muito precárias, em 12 acampamentos.
No total, o número de refugiados nos territórios ocupados no Líbano, Síria e Jordânia supera 4,8 milhões, o que representa 43,4% da população palestina que vive no mundo todo.
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