Regime detém cerca de 100 ativistas em um dia

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De acordo com dados preliminares colhidos pela Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), entidade dissidente que reúne informações sobre a repressão do regime castrista contra seus opositores, entre 90 e 100 detenções "de caráter político" foram registradas em Havana no dia 24, quando Raúl Castro foi confirmado para seu segundo mandato. A grande maioria das prisões ocorreu em Havana, onde ao menos 60 pessoas foram detidas no protesto das Damas de Branco. Na Província de Villa Clara, a CCDHRN tinha registrado 17 detenções - o maior número depois da capital cubana - até a tarde da sexta-feira, quando os dados da entidade relativos a fevereiro ainda eram totalizados. Em Holguín, que apareceu em terceiro lugar no ranking da repressão no dia 24, 13 ativistas foram detidos, ainda segundo as informações da organização opositora. As ditas "detenções-relâmpago" configuram a principal característica da repressão do governo de Raúl Castro. São usadas pelas autoridades cubanas, por exemplo, para evitar mobilizações de dissidentes em datas sensíveis. Nos dias que antecederam a chegada do então papa Bento XVI a Cuba, em março do ano passado, a CCDHRN registrou ao menos 150 prisões de dissidentes, que foram soltos após as cerimônias que o pontífice conduziu na ilha. Em 2012, uma média mensal de 550 prisões temporárias de opositores foi registrada pela entidade. / G.R.

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