24 de junho de 2014 | 21h40
A autoridade disse durante uma audiência no Congresso que os EUA ainda estavam considerando se o grande exercício militar regional realizado anualmente na Tailândia poderá ir em frente no ano que vem devido ao golpe militar de maio.
"Inicialmente, tínhamos esperança de que - como aconteceu com o golpe de 2006 - os militares decidiriam de forma relativamente rápida transferir o poder a um governo civil e avançar para eleições livres e justas", disse o vice-secretário assistente de Estado para o Leste Asiático, Scot Marciel.
"No entanto, os acontecimentos recentes têm mostrado que o golpe militar atual é tão mais repressivo e deve durar mais tempo do que o último", acrescentou.
Marciel disse em depoimento à subcomissão Ásia-Pacífico do Comitê de Assuntos Exteriores da Câmara dos Deputados que o golpe tinha colocado os EUA em uma posição difícil, dado que a Tailândia é um aliado-chave do país na Ásia.
"O desafio para os EUA é deixar claro o nosso apoio para um rápido retorno à democracia e às liberdades fundamentais e, ao mesmo tempo, trabalhar para garantir que somos capazes de manter e fortalecer essa importante amizade e nossa aliança de segurança a longo prazo", disse ele.
Marciel afirmou que Washington esperava que as fortes críticas internacionais contra o golpe militar levaria a um abrandamento da repressão e ao retorno à democracia.
Ele disse que os EUA continuarão a insistir para que a lei marcial seja suspensa e que eleições sejam realizadas mais cedo do que o cronograma indefinido de 15 meses dado pelo governo militar.
Porém, acrescentou: "Para ser honesto, é muito difícil prever quanto tempo eles vão permanecer no poder."
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