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Rei aprova assembléia nacional tailandesa escolhida por golpistas

Após o levante, a junta militar afirmou que o atual governo conduzirá ao país até a realização das eleições previstas para outubro de 2007

Por Agencia Estado
Atualização:

O rei da Tailândia aprovou nesta quinta-feira a formação da Assembléia Nacional, integrada por 250 membros escolhidos pelos militares que deram um golpe de Estado em setembro, e cuja principal missão será formalizar a aprovação das leis propostas pelo Governo interino. Os membros da assembléia foram escolhidos entre funcionários públicos, juízes e trabalhadores de empresas públicas e privadas. Há 35 militares ou policiais. Entre os integrantes do novo Legislativo figuram também quatro representantes de partidos políticos, advogados, catedráticos, jornalistas, artistas e aposentados, segundo a lista oficial. O general Sonthi Boonyaratglin, chefe do Conselho de Segurança Nacional e líder do golpe de Estado que em 18 de setembro depôs o primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, afirmou que a Assembléia exercerá as funções de Parlamento e Senado. A principal missão será aprovar a Constituição a ser redigida por um "comitê de sábios" para substituir a atual, de caráter provisório, aprovada no dia 1 de outubro após a anulação da que estava em vigor desde 1997. O Conselho de Segurança Nacional, denominação oficial da junta militar que assumiu o poder, nomeou o general da reserva Surayud Chulanont como primeiro-ministro interino. Após o levante, a junta militar afirmou que o atual governo conduzirá ao país até a realização das eleições previstas para outubro de 2007. O Ministério da Defesa anunciou na terça-feira que a lei marcial declarada imediatamente depois do golpe permanecerá em vigor durante pelo menos mais 30 dias, em resposta à persistente instabilidade política.

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