
30 de janeiro de 2012 | 13h16
Meshaal estava acompanhado do príncipe do Catar, xeque Tamim bin Hamad al-Thai. A visita foi planejada antes da rebelião que irrompeu na Síria, onde o Hamas tem sua principal sede fora da Faixa de Gaza.
Tanto o Hamas quanto a Jordânia negaram que o movimento islâmico possa mudar sua sede de Damasco, para onde muitas de suas lideranças jordanianas se realocaram após serem expulsas do reino em 1999. O conflito sírio forçou o Hamas a tirar alguns de seus militantes e familiares do país.
"A conversa sobre a visita precedeu os eventos na Síria e não está relacionada", disse Izzat Risheq, autoridade sênior do Hamas.
Autoridades do Hamas e da Jordânia disseram que nenhum dos lados discutiu a reabertura do escritório do Hamas no país.
Fontes diplomáticas e de inteligência disseram que Meshaal, de 55 anos, baseado em Damasco desde 2011, abandonou efetivamente a sede, onde esteve relativamente seguro após um fracassado atentado de Israel contra sua vida, na década de 1990.
A Jordânia indicou que irá acomodar famílias da liderança baseada na Síria, muitas das quais são cidadãs da Jordânia, mas não vai tolerar atividades políticas em seu território.
Analistas e islamitas dizem que a visita recebeu impulso da turbulência regional, na qual movimentos islâmicos têm tido grandes ganhos políticos na região após as revoltas da "Primavera Árabe", particularmente na Tunísia e no Egito.
Meshaal disse esperar que seu encontro com o rei seja seguido por "outros capítulos de um forte relacionamento".
"O Hamas está preocupado com a segurança da Jordânia e sua estabilidade e nós respeitamos isso", disse ele.
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