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Rei saudita perdoa vítima de estupro condenada

Por AP e AFP E REUTERS
Atualização:

O rei Abdala, da Arábia Saudita, perdoou ontem uma vítima de estupro que havia sido condenada, no mês passado, a 6 meses de prisão e 200 chibatadas. A Justiça havia alegado que a mulher, de 20 anos, violou as leis sauditas ao encontrar-se com um homem sem a presença de um parente. "O rei busca aliviar o sofrimento dos cidadãos quando considera que os veredictos causarão efeitos psicológicos nos condenados, mas ele está seguro de que as penas foram justas", afirmou o ministro da Justiça, Abdula al-Sheik. "Isso (o perdão) ajudará a amenizar o sofrimento psicológico e social pelo qual minha mulher vem passando", disse o marido da vítima. "Agradeço pela generosidade do rei." Em 2006, a vítima - que ficou conhecida como "a garota de Qatif", em referência a cidade em que vivia - estava num carro com um ex-namorado, quando eles foram atacados e violentados por sete homens. Inicialmente, a Justiça a havia condenado a 100 chibatadas, mas a pena foi dobrada após a vítima apelar da decisão. A condenação foi duramente criticada por organizações e líderes do exterior, incluindo o presidente americano, George W. Bush, que vê os sauditas como aliados. A Casa Branca, que havia considerado a sentença "revoltante", elogiou ontem a decisão do rei.

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