PUBLICIDADE

Reino Unido convoca reunião de emergência do G7 para discutir variante Ômicron

À frente da presidência rotativa do G7, país convocou encontro; primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, determinou reforço das medidas sanitárias após a confirmação de três casos no país

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

LONDRES - O governo britânico, à frente da presidência rotativa do G7, convocou neste domingo, 28, uma "reunião de emergência" com os ministros da Saúde dos páises-membros para tratar da questão da variante Ômicron do coronavírus.

PUBLICIDADE

"Uma reunião de emergência dos ministros da saúde do G7 será convocada para segunda-feira, 29 de novembro, para discutir os desenvolvimentos sobre a Ômicron", disse o Departamento de Saúde do Reino Unido em um comunicado, depois que vários casos foram relatados na Europa.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, determinou no sábado, 27, o reforço das medidas sanitárias após a confirmação de três casos da variante Ômicron do coronavírus no país.

Tripulação de um voo chega ao aeroporto de Heathrow, em Londres; governo britânico convocou reunião do G7 Foto: AP Photo/Alberto Pezzali

"Precisamos ganhar tempo enquanto nossos cientistas pesquisam, enquanto vacinamos e damos reforço", disse Johnson em entrevista coletiva. O premiê afirmou que viagens não serão canceladas, mas que qualquer pessoa que entrar no país deverá fazer um exame obrigatório do tipo PCR (o do cotonete) no segundo dia após a chegada.

Além disso, todos os viajantes deverão se autoisolar até receberem o resultado do teste, podendo então sair contanto que o resultado seja negativo. "Precisamos diminuir a dispersão dessa variante no Reino Unido", disse o premiê. "Ajudem a conter reforçando o uso de máscaras em ambientes fechados e no transporte público".

Variante Ômicron é confirmada em quatro continentes

variante Ômicron do novo coronavírus continua se espalhando pelo mundo. Com novos casos confirmados por AustráliaDinamarca e Holanda neste domingo, 28, a nova cepa já foi identificada em quatro continentes: Ásia, Europa, Oceania e África (onde o primeiro caso foi detectado). Mais de dez países confirmaram casos de covid-19 causados pela nova variante - e outros casos suspeitos seguem em análise.

Publicidade

Com mais de cinco milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou a nova variante, detectada essa semana, como "preocupante". Israel fechou suas fronteiras a estramgeiros diante da situação.

O governo holandês confirmou neste domingo 13 casos de covid-19 relacionados à Ômicron no país. Todos envolvem passageiros de dois voos que partiram da África do Sul e chegaram em Amsterdã na sexta-feira 26, quando mais de 600 passageiros foram testados e 61 casos positivos de covid-19 foram detectados. "Não é improvável que mais casos apareçam na Holanda", disse o ministro da Saúde, Hugo de Jonge. "Isso pode ser a ponta do iceberg".

Também neste domingo, autoridades de Austrália e Dinamarca confirmaram dois casos da Ômicron em cada país. Na Dinamarca, as autoridades de saúde confirmaram os dois casos em passageiros procedentes da África do Sul.

Passageira é testada no Aeroporto Internacional OR Tambo, em Joanesburgo, antes de embarcar. Foto: Phill Magakoe/ AFP

Na Austrália, os dois casos foram em passageiros vacinados que voltavam do sul da África e chegaram a Sydney no mesmo dia do fechamento das fronteiras deste país com nove países do sul do continente africano. Doze passageiros do mesmo voo estão em quarentena. 

A Austrália levantou recentemente a proibição de seus cidadãos vacinados para viajar ao exterior sem autorização.

Até o momento, casos da nova variante foram detectados na África do Sul, Reino Unido, Alemanha, Itália, Holanda, Dinamarca, Bélgica, Botsuana, Israel, Austrália Hong Kong. A Áustria analisa um caso suspeito, enquanto o ministro da Saúde da França, Olivier Veran, admitiu que a cepa já deve estar em circulação no território francês.

O governo do Brasil também investiga um caso suspeito: de um brasileiro que testou positivo para a covid-19 e vinha da África do Sul.

Publicidade

Restrições

Israel, onde foi confirmado um caso de um viajante procedente do Malawi, decidiu proibir a partir deste domingo a entrada de estrangeiros no país, assim como obrigar seus cidadãos vacinados que voltaram de viagem a realizar um teste PCR e a fazer uma quarentena de três dias (sete no caso dos não vacinados).

Loading...Loading...
Loading...Loading...
Loading...Loading...

Essa decisão chega a menos de um mês da reabertura das fronteiras do país (em 1º de novembro) e a oito dias da jesta judaica do Hanukkah. O primeiro-ministro israelesnse, Naftali Bennett, disse que a proibição deve durar, a princípio, 14 dias. As autoridades de saúde de Israel esperam que dentro desse período haja mais informações sobre a eficácia das vacinas contra a Ômicron . 

Estados Unidos, Brasil, Canadá, países da União Europeia, Austrália, Japão, Coréia do Sul, Indonésia, Arábia Saudita e Tailândia impuseram restrições de viagens vindas da África do Sul, onde a Ômicron possivelmente teve origem. 

No Reino Unido, onde dois casos vinculados à variante foram identificados, o governo anunciou medidas para tentar conter a propagação, incluindo aplicação de testes para pessoas que chegam ao país e a exigência do uso de máscaras em alguns ambientes. O ministro da Saúde britânico, Sajid Javid, afirmou que espera receber orientação em breve a respeito de uma possível ampliação no programa de vacinação para as pessoas já totalmente imunizadas, a fim de enfraquecer o impacto da variante. 

A descoberta da Ômicron na semana passada, pela Organização Mundial da Saúde, gerou preocupações em todo o mundo de que a nova cepa poderia ser mais resistente à vacina e prolongar a pandemia de coronavírus ao redor do mundo.

Há suspeita de que a variante seja potencialmente mais contagiosa do que as outras cepas, embora ainda não se saiba se ela causa sintomas mais ou menos graves em comparação às demais. / AFP e REUTERS

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.