30 de março de 2011 | 10h48
LONDRES - O Reino Unido decidiu expulsar cinco diplomatas líbios de Londres porque "representam uma ameaça para a segurança do país", anunciou nesta quarta-feira, 30, no Parlamento o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague.
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Em discurso na Câmara dos Comuns para abordar a conferência de Londres sobre a Líbia, Hague comunicou que, entre esses diplomatas, está o adido militar líbio.
"Para ressaltar nossa grave preocupação pelo comportamento do regime (de Muamar Kadafi), posso anunciar na Câmara que hoje demos passos para expulsar cinco diplomatas da embaixada líbia em Londres, incluindo o adido militar", afirmou.
"O governo avaliou que se estes indivíduos permanecerem no Reino Unido, podem representar uma ameaça à nossa segurança", anunciou o chefe da diplomacia britânica.
Pouco antes, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, havia afirmado que o Reino Unido não descartava armar os rebeldes líbios, mas que ainda não tinha tomado uma decisão.
Um porta-voz da chancelaria britânica disse que os diplomatas expulsos aparentemente apoiam o governante Muamar Kadafi. O Reino Unido e outras nações pressionam pela renúncia de Kadafi. O porta-voz disse que os cinco são suspeitos de pressionar membros da oposição líbia e grupos de estudantes no país europeu.
Embaixador francês
O recém-nomeado embaixador francês perante as autoridades rebeldes de Benghazi, Antoine Sivan, chegou na cidade, onde se reuniu na manhã desta quarta-feira com membros do Conselho de Governo Interino.
Em declarações à imprensa, o porta-voz dos rebeldes Mustafa Geriani afirmou que Sivan, de 53 anos, apresentará nesta quarta-feira suas credenciais ao Conselho, mas não forneceu detalhes sobre a reunião.
A França foi o primeiro país a reconhecer, em 10 de março, o "governo" temporário dos revolucionários líbios, com sede em Benghazi, palco da revolta contra o regime do líder Muamar Kadafi. Paris tinha retirado anteriormente seu embaixador em Trípoli do país norte-africano.
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