PUBLICIDADE

Relatório dos EUA reduz estimativa de vítimas no tremor do Haiti

Estudo diz que até 85 mil teriam morrido; autoridades haitianas sustentam total de 316 mil mortos

Atualização:

Números do relatório americano constrastam com dados da OIM

 

PUBLICIDADE

WASHINGTON - Um estudo encomendado pelo governo americano e divulgado nesta terça-feira, 31, aponta que um número bem menor de pessoas teria morrido ou sido obrigada a deixar suas casas por causas do terremoto que atingiu o Haiti em janeiro do ano passado. O relatório estima que o número de mortos no sismo de magnitude 7 varia entre 46 mil e 85 mil. O governo do Haiti disse que mantém o número de 316 mil pessoas mortas divulgado no ano passado. O estudo americano se baseou em pesquisa feita de casa em casa no Haiti durante 29 dias de janeiro de 2011. Um porta-voz do departamento de Estado dos EUA ressaltou, no entanto, que algumas inconsistências no relatório ainda precisam ser corrigidas antes de sua publicação. O relatório calculou que 895 mil pessoas tiveram de se mudar depois do tremor para abrigos temporários ao redor da capital haitiana, Porto Príncipe, e atualmente cerca de 375 mil indivíduos ainda vivem nestas condições. Os números contrastam com os apresentados pela Organização Internacional para Migração (OIM), que disse que 1,5 milhão de pessoas se mudaram para os campos improvisados após o tremor e 680 mil pessoas ainda estão em vivendo em tendas. O relatório, encomendado pela Agência Americana para Desenvolvimento Internacional e conduzido pela empresa de consultoria com sede em Washington LTL Strategies, afirma ainda que há menos entulho na capital do que se calculava. Analistas dizem que os números do relatório podem mudar a premissa atualmente aceita de que os esforços para reconstrução são da ordem de vários bilhões de dólares. No ano passado, uma conferência da ONU pediu a doadores internacionais US$ 5,5 bilhões (cerca de R$ 8,7 bilhões) para os esforços pós-terremoto no Haiti.

 

BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.