
16 de agosto de 2011 | 20h25
Atualizado às 23h59
PARIS - Um relatório médico divulgado pela revista francesa L'Express nesta terça-feira, 16, confirmaria que a camareira que acusou o ex-diretor-gerente do FMI Dominique Strauss-Kahn foi estuprada.
Nafisatou Diallo acusou Strauss-Kahn de violência sexual em maio. Ela trabalhava em um hotel de Nova York quando teria sido atacada pelo economista francês.
De acordo com a revista, médicos do hospital St. Luke's Roosevelt de Manhattan, em Nova York, teriam elaborado o relatório depois de atender a camareira no dia 14 de maio, data da suposta agressão. Eles teriam afirmado que ela foi vítima de estupro com base em exames.
Segundo o relatório dos especialistas, a mulher apresentava genitais avermelhados e queixava-se de dores nos ombros. Em um documento detalhado, eles escreveram que ela sofria de diversos ferimentos causados pelo estupro.
Na última página do relatório, os médicos descrevem a área vaginal da paciente, apontando "traumatismo na parte posterior", e indicando que a região estava avermelhada. E apontam como diagnóstico "agressão".
Nas conclusões, os médicos teriam escrito, segundo a L'Express, que a causa dos ferimentos seriam "agressão e estupro". O documento explica ainda que Diallo teria chegado ao hospital acompanhada de um policial e em uma ambulância, embora fosse capaz de caminhar sozinha.
Respostas
O advogado de defesa da camareira Kenneth Thompson concedeu entrevista à L'Express, na qual disse estar convicto de que a cliente teria sofrido agressão sexual.
Advogados de Strauss-Kahn refutaram o teor da reportagem. Segundo eles, o relatório dos médicos não menciona lesões provocadas por violência sexual e baseia-se quase totalmente na versão da acusadora.
Com Agência Estado e Efe
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