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Relembre outros assassinatos importantes ocorridos no Irã ou envolvendo iranianos

A morte do cientista nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh - e suas circunstâncias misteriosas - está longe de ser a única na história recente do país

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Por Redação
Atualização:

TEERÃ - O importante cientista nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh, considerado o guru do programa nuclear do país, foi morto em uma emboscada nesta sexta-feira na cidade de Absard, 70 km a leste de Teerã. Seu caso, porém, está longe de ser o único na história recente do país. Relembre outros assassinatos de nomes importantes do regime iraniano ou ocorridos no Irã:

Quem: Abdullah Ahmed Abdullah ​ Data: Setembro de 2020

Abdullah Ahmed Abdullah, o número 2, foi morto em Teerã por israelenses Foto: Federal Bureau of Investigation via The New York Times

O segundo maior líder da Al-Qaeda, Abdullah Ahmed Abdullah, acusado de ser um dos mentores de ataques contra embaixadas dos EUA na África em 1998, foi morto em Teerã por agentes israelenses. Ele foi assassinado junto com sua filha, Miriam, viúva de um filho de Osama bin Laden. Chamou atenção o fato de ele pertencer ao grupo terrorista sunita dentro de um país comandado por um regime xiita. 

Incêndio em estaleiro no Porto deBushehr deixou ao menos sete navios danificado Foto: West Asia News Agency via Reuters

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Evento: Explosões misteriosas  Data: Entre junho e julho de 2020 

Entre junho e julho, o país registrou uma série de explosões e incêndios em instalações militares, nucleares e industriais, incluindo um incêndio na instalação nuclear subterrânea de Natanz e um estaleiro com sete navios em construção. Em uma delas, numa clínica médica, 19 pessoas morreram. Em um artigo, a agência Irna abordou o que chamou de possibilidade de sabotagem por inimigos como Israel e os EUA.

Quem: Qassim Suleimani Data: Janeiro de 2020

Os EUA bombardearam no Iraque o veículo em que estava Qassim Suleimani, comandante da Guarda Revolucionária do Irã. Ele era apoiador do grupo libanês xiita Hezbollah no Líbano, no Iraque, na Síria e no Iêmen e forte crítico dos EUA. Nenhuma morte havia tido tanto destaque na região desde o assassinato de Osama bin Laden. 

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Legado de terror de Suleimani foiencerrado no aeroporto de Bagdá Foto: Office of the Iranian Supreme Leader via AP

Quem: Mostafa Ahmadi-Roshan Data: Janeiro de 2012

O engenheiro químico foi morto por uma bomba colocada em seu carro. Outro passageiro morreu no hospital e um pedestre também ficou ferido. O Irã disse que Roshan era um cientista nuclear que supervisionava um departamento da instalação de enriquecimento de urânio de Natanz e culpou Israel e os EUA pelo ataque.

O engenheiro Mostafa Ahmadi-Roshan supervisionava a instalação de Natanz Foto: REUTERS/Fars News

Quem: Darioush Rezai Data: Julho de 2011

Rezai, professor universitário com doutorado em física, foi morto a tiros por homens armados em Teerã. Na época, o vice-ministro do Interior, Safarali Baratlou, disse que ele não estava ligado ao programa nuclear do Irã, depois que alguns meios de comunicação disseram que sim.

Quem: Majid Shariyari  Data: Novembro de 2010 

Shahriyari foi morto e sua mulher ficou ferida em uma explosão de um carro bomba. O Irã atribuiu o ataque a Israel e aos EUA contra o seu programa atômico. A agência de energia atômica do Irã na época disse que Shahriyari teve papel importante em projetos nucleares. Autoridades atribuíram o ataque à CIA, à Mossad e ao MI6. 

Quem: Fereydoun Abbassi-Davani Data: Novembro de 2010

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Abbasi-Davani e sua mulher ficaram feridos na explosão de um carro-bomba no mesmo dia em que Shahriyari foi morto. Davani, que era chefe de física da Universidade Imam Hossein, foi sujeito às sanções da ONU pelo envolvimento em suspeitas de pesquisas de armas nucleares. Autoridades atribuíram o ataque à CIA, à Mossad e ao MI6. 

Nome: Massoud Ali-Mohammadi Data: Janeiro de 2010

O cientista nuclear Massoud Ali-Mohammadi foi morto em uma explosão em Teerã Foto: REUTERS/FARS NEWS

O cientista nuclear Massoud Ali-Mohammadi foi morto por uma bomba em Teerã. Fontes ocidentais disseram que ele trabalhou com Fakhrizadeh e Fereydoun Abbassi-Davani, sujeitos a sanções da ONU por conta do desenvolvimento de armas nucleares suspeitas. /COM REUTERS

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