17 de março de 2011 | 00h00
A liberação de Abdul-Ahad foi informada ao Estado por volta das 14 horas, horário de Brasília, pelo editor adjunto do jornal britânico, Ian Katz. "Ghaith foi libertado e acaba de chegar ao aeroporto de Istambul, na Turquia, onde vai passar alguns dias", informou o editor.
Minutos depois, Peter Beaumont, um dos enviados especiais do Guardian à Líbia, comunicou o público da notícia. "Ghaith Abdul-Ahad foi libertado. Ele está seguro e ileso depois de sua segunda semana de calvário na prisão na Líbia. Magro, mas de bom humor", afirmou Beaumont em seu Twitter.
Abdul-Ahad havia sido preso por volta das 23 horas do dia 2 no centro da cidade de Sabrata, a 80km de Trípoli. Desde o dia 24 de fevereiro, ele estava em companhia da reportagem do Estado, com a qual trabalhava em conjunto na região oeste da Líbia, então a mais conflagrada do conflito armado que paralisa a Líbia. No momento de sua prisão, Abdul-Ahad não reagiu aos milicianos, aos policiais, agentes do serviço secreto e aos militares, que acabaram detendo os jornalistas em uma unidade das Forças Armadas na periferia leste de Trípoli.
Como o repórter do Estado, o iraquiano estava incomunicável, sem poder contar com o suporte diplomático. Notícias a respeito da prisão só vieram à tona no dia 10, quando a Embaixada do Brasil em Trípoli interveio, negociando com o Ministério das Relações Exteriores da Líbia a libertação do jornalista brasileiro.
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