Representante da UE se reúne com parentes de oficiais capturados

Javier Solana disse aos familiares dos soldados israelenses seqüestrados que fará o que estiver a seu alcance para que os reféns sejam libertados

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Por Agencia Estado
Atualização:

O alto Representante para Política Externa e de Segurança da União Européia, Javier Solana, prometeu nesta quinta-feira aos familiares dos três soldados israelenses capturados no Líbano e em Gaza que fará o que estiver a seu alcance para que os reféns sejam libertados, segundo fontes de sua delegação e de Israel. A reunião, que contou com a presença dos pais e de alguns irmãos dos três oficiais, ocorreu na manhã desta quinta-feira no Ministério israelense de Assuntos Exteriores em Jerusalém, antes de Solana empreender viagem rumo ao Cairo. Segundo informa o jornal israelense Ha´aretz, em sua edição digital, o encontro foi classificado como "muito intenso" por Salomão Goldwasser - pai de Ehud Goldwasser, um dos dois soldados capturados pela milícia libanesa xiita Hezbollah -, que se disse "muito surpreendido pela atitude positiva de Solana". Segundo fontes européias, Solana disse aos parentes dos seqüestrados que a "Europa fará o possível para resolver o caso, que foi condenado pela comunidade internacional, e pelo fim da violência na região". Os familiares entregaram a Solana uma Bíblia para cada um dos soldados, e pediram que tente fazer com que estas cheguem a eles. Os assessores de Solana já se puseram em contato com a Cruz Vermelha para isso, e esperam obter sucesso na empreitada. Goldwasser explicou ao Ha´aretz que teve a impressão de que Solana "de verdade" quer ajudar para que os soldados "voltem sãos e salvos para casa", e disse que o alto representante havia dito que "tem conexões no Irã". Neste momento, indicaram as fontes européias, a UE tem mais contatos com o Irã que com a Síria, com a qual apenas mantém relações desde o assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, há um ano e meio. O pai do soldado seqüestrado por grupos palestinos em Gaza, Gilad Shalit, explicou que Solana "mostrou mais otimismo" em relação a seu filho que nos outros dois casos libaneses.

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