Representantes de EUA e Rússia discutirão crise ucraniana na terça-feira

Chanceler Serguei Lavrov e secretário de Estado John Kerry se encontrarão em Sochi, mas fontes russas dizem não esperar avanço sobre o tema

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MOSCOU - O ministro russo de Relações Exteriores, Serguei Lavrov, e o secretário de Estado americano, John Kerry, se reunirão na terça-feira, 12, no balneário russo de Sochi, no mar Negro, informaram nesta segunda-feira as agências russas.

Segundo as fontes, ambos discutirão sobre a crise na Ucrânia, assim como outros conflitos, entre eles Iêmen e Síria, e também o acordo nuclear com o Irã.

Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov (E), e secretário de Estado americano, John Kerry, durante encontro em Genebra, em março Foto: Evan Vucci/AP

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A reunião entre os chefes das diplomacias da Rússia e EUA, em momentos de tensão entre ambas as partes pela crise ucraniana, não foi confirmada oficialmente, mas fontes diplomáticas russas asseguram o encontro.

"Na ordem do dia das negociações de amanhã estão a situação na Ucrânia, Iêmen, Síria e no Irã. Nós nunca nos fechamos para estas conversas, ao contrário, mantemos um diálogo muito ativo sobre estas questões", disse uma fonte citada pela agência "RIA Novosti".

O diplomata acrescentou que, embora Moscou considere de grande importância o encontro, não espera resultados concretos. "(Kerry) muitas vezes cancelou a visita, e finalmente vai vir... Esta visita foi sendo adiada por sua iniciativa", disse a fonte.

A crise da Ucrânia deteriorou as relações entre Rússia e Ocidente, que acusa Moscou de apoiar militarmente os separatistas do leste após ter anexado a Península da Crimeia.

No domingo, a chanceler alemã, Angela Merkel, que se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou, acusou os rebeldes de não cumprirem o cessar-fogo assinado há dois meses em Minsk.

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Putin, por sua vez, acusou as autoridades ucranianas de bloquear economicamente as regiões rebeldes, e reiterou a posição russa de que a mudança de poder em Kiev em fevereiro de 2014 foi um golpe de Estado que o Ocidente encorajou.

Há poucos dias, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que não excluía uma reunião entre Putin e Kerry em Sochi se fosse confirmada a visita do secretário de Estado americano.

Ontem foi informado que após a conclusão em Moscou das celebrações pelo 70° aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista na 2.ª Guerra, o presidente russo viajaria para Sochi, onde ficará durante toda semana. / EFE e REUTERS

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