Repressão a manifestantes deixou 62 mortos em Trípoli, diz ONG

Conta reúne números de apenas dois hospitais de Trípoli; até o domingo, 233 morreram no leste

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Por Redação
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A organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) disse nesta terça-feira, 22, que ao menos 62 pessoas morreram em Trípoli desde que os protestos contra o ditador Muamar Kadafi chegaram à cidade, há dois dias.

Veja também: especialLinha do Tempo: 40 anos de ditadura na Líbiamais imagens Galeria: Veja imagens dos conflitosespecialInfográfico:  A revolta que abalou o Oriente Médioblog Radar Global: Acompanhe os protestos na regiãoA conta reúne apenas os mortos de dois hospitais de Trípoli. A ONG já havia contabilizado 233 mortos quando as manifestações eram restritas ao leste do país. De acordo com a HRW, forças de segurança da Líbia têm atirado indiscriminadamente contra manifestantes e civis. "Eles têm pessoas armadas patrulhando as ruas e eles atiram à esmo em quem quer que saia", disse uma testemunha à ONG. Segundo outro manifestante ouvido pela instituição, os hospitais de Trípoli não foram poupados pelos capangas de Kadafi. "O hospital Abu Salim foi invadido. Eu vi gente tirar a camisa e ficar de peito aberto para os atiradores. Nunca vi nada assim. Me envergonhei de ter me escondido em uma árvore, mas sou humano."Qualquer um - inclusive Muamar Kadafi, que ordene ou cometa atrocidades deve saber que responderá por suas ações", disse a diretora para Oriente Médio e África da ONG, Sarah Leah Whitson. Leia ainda: linkAtaques na Líbia podem ser crimes contra a humanidade, diz ONUlinkAviões militares retomam ataques contra manifestantes linkNa televisão, Kadafi ignora protestos e pressão internacionallinkConselho de Segurança da ONU discutirá crise líbia

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