Repressão a protestos deixa 30 feridos em Jerusalém

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Por AE
Atualização:

Pelo menos 30 pessoas ficaram feridas em confrontos entre manifestantes palestinos e a polícia israelense neste sábado perto da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, segundo testemunhas citadas pela Al-Jazeera. O acesso de árabes às redondezas da mesquita, uma das mais importantes do mundo muçulmano, foi bloqueado pelas autoridades israelenses durante o fim de semana por causa do 63º aniversário da "Nakba" ("tragédia" em árabe), também chamada de "Holocausto Palestino" - a remoção forçada de pelo menos 750 mil palestinos de suas casas pelos judeus por ocasião da criação do Estado de Israel, em 1948.No Egito, o governo militar bloqueou o acesso à península do Sinai para impedir que uma caravana de 35 ônibus com manifestantes pró-palestinos chegasse à fronteira com o território palestino ocupado de Gaza para participar de protestos por ocasião do aniversário da Nakba.Segundo a agência France Presse, impedidos de deixar o Cairo, os manifestantes se concentraram na Praça Tahrir, palco das manifestações que culminaram na renúncia do presidente egípcio Hosni Mubarak no começo do ano. A Irmandade Muçulmana, principal organização de oposição no Egito, disse que o Movimento Islâmico de Resistência (Hamas), que governa o território de Gaza, pediu aos egípcios que cancelassem a planejada passeata para a fronteira, para evitar confrontos com os militares israelenses.Khalid Mash''al, um dos líderes do Hamas, disse em comunicado postado no site da Irmandade Muçulmana que os palestinos "não podem expor os egípcios a essa responsabilidade. Não podemos pedir aos egípcios que se engajem em confronto direto com a Entidade Sionista no momento crítico pelo qual o Egito está atravessando".Milhares de manifestantes se concentraram diante da embaixada israelense no Cairo, pedindo a expulsão do embaixador israelense e que o Egito rompa relações diplomáticas com Israel.

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