
12 de agosto de 2011 | 08h56
Atualizado às 15h23
CAIRO - Pelo menos 13 pessoas morreram nesta sexta-feira, 12, baleadas pelas forças de segurança em diferentes pontos da Síria, em um novo dia de protestos contra o regime de Bashar Assad, informou um ativista opositor.
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O porta-voz dos Comitês de Coordenação Local, Omar Edelbe, explicou por telefone que cinco pessoas morreram em Duma, duas em Aleppo, duas em Idleb e uma em Saqba, Deir ez Zor, Homs e Hama, respectivamente. "As forças de segurança disparam contra todos os participantes das manifestações", disse Edelbe em alusão aos protestos convocados durante esta sexta-feira.
A localidade de Duma foi uma das regiões mais afetadas pela repressão com a morte de cinco pessoas por tiros, entre elas uma mulher e um jovem de 16 anos. Em Aleppo, outro dos locais onde a ofensiva militar foi "mais forte", segundo Edelbe, os disparos das forças de segurança foram efetuados contra os manifestantes no bairro de Sajur após a reza muçulmana do meio-dia.
Este bairro está sitiado pelas forças da ordem que continuam com sua ofensiva repressora e efetuando vastas campanhas de detenções. Apesar de que as autoridades vêm recebendo os protestos com sangue, milhares de sírios participaram nesta sexta-feira em uma nova e violenta jornada de manifestações para pedir a queda do regime de Al-Assad.
Os ativistas opositores desafiaram o regime com grandes protestos que se desencadearam após a oração do meio-dia também em cidades como Deraa (sul), Latakia (oeste), Hama (centro) e a capital Damasco, assim como em várias localidades da província de Homs.
As manifestações voltam a tomar uma grande dimensão depois da forte repressão promovida pelo governo de Assad há alguns dias. "Vá embora!", gritavam os iemenitas descontentes com o regime, que já dura 41 anos. "Só vamos nos ajoelhar perante Alá!", diziam.
Em Banyas (Homs), os agentes de segurança sitiaram as mesquitas de toda a localidade para impedir que as manifestações saíssem, enquanto vários veículos blindados que transportavam os "shabiha" (milícia do regime) patrulhavam as ruas. Além disso, o regime sírio tomou medidas similares para impedir os protestos em Hama, onde a repressão causou um número indeterminado de feridos, segundo o Observatório.
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