Republicanos aderem a plano democrata contra Bush

Ingresso de republicanos na medida deixa Bush ainda mais isolado

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Por Agencia Estado
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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, tentou na quarta-feira reforçar o apoio entre os republicanos ao aumento da presença militar no Iraque, mas um grupo bipartidário de parlamentares prepara uma resolução na tentativa de barrar o plano de Bush no Congresso. De acordo com a AP, quatro importantes lideranças republicanas integram a tentativa: John Warner, senador pela Virginia, Sam Brownback, do Kansas, Norm Coleman, de Minnesota, e Susan Collins, do Maine. Um funcionário do Senado disse, sob anonimato, que o texto da resolução do Senado é o seguinte: "Considerando que a estratégia dos EUA e a presença no terreno no Iraque só podem ser sustentadas com o apoio do povo norte-americano e com apoio bipartidário do Congresso, [...] não é do interesse dos Estados Unidos aprofundar seu envolvimento militar no Iraque, particularmente escalando a presença de tropas dos EUA no Iraque." A proposta foi redigida por três senadores -- os democratas Joseph Biden e Carl Levin, e o republicano Chuck Hagel, há muito tempo crítico da guerra. Tony Snow, porta-voz da Casa Branca, disse que Bush se reuniria na tarde de quarta-feira com a bancada republicana para uma "sincera troca de visões" sobre a nova estratégia. Ele não citou nomes nem quantos parlamentares foram convidados à reunião vespertina, mas afirmou que "provavelmente todos ali estão pelo menos céticos" sobre o envio de 21.500 soldados a mais para tentar estabilizar Bagdá e a região de Anbar. O Senado e a Câmara, ambos dominados pelos democratas, planejam a votação de resoluções - simbólicas, mas politicamente importantes - rejeitando os planos de Bush. Tais resoluções obrigariam que os republicanos se manifestassem oficialmente sobre a impopular nova estratégia da Casa Branca, o que poderia deixar Bush ainda mais isolado. Ainda não há data para a votação no Senado. O líder democrata na Câmara, Steny Hoyer, disse que os deputados provavelmente vão votar e aprovar uma resolução contra o aumento do contingente, mas aguardam que o Senado o faça antes.

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