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Republicanos buscam nome forte anti-Obama

Até agora, nenhum dos pré-candidatos do partido mostrou condições de derrotar presidente americano nas eleições gerais do ano que vem

Por Gustavo Chacra
Atualização:

Nenhum dos pré-candidatos republicanos à disputa presidencial do ano que vem contra Barack Obama conseguiu empolgar os simpatizantes do partido ou mostrou condições de derrotar o atual ocupante da Casa Branca, fortalecido desde a bem sucedida ação militar para matar Osama bin Laden no início do mês.De um lado, estão figuras ligadas à ala mais conservadora republicana, conhecida como Tea Party. De outro, ex-governadores que possuem um bom histórico administrativo, com discurso mais concentrado em questões econômicas. Neste grupo, preferido pelo establishment do partido em Washington, três já anunciaram a pré-candidatura - Mitt Romney, Tim Pawlenty e Jon Huntsman. "Os republicanos precisam de um homem forte na economia parar atrair o voto independente", diz Chris Arteton, cientista político da Universidade George Washington. Romney, que disputou as primárias em 2008, perdendo para John McCain, lidera as pesquisas com 17%, 2 pontos porcentuais a mais do que Sarah Palin, mas dentro da margem de erro. O principal obstáculo do ex-governador de Massachusetts é seu programa de reforma do sistema de saúde que serviu de inspiração para Obama. Tentando evitar esta relação, ele tem entrado em contradições. "Romney precisa tomar cuidado para não ser visto mais uma vez como oportunista", afirma Norman Omstein, do American Enterprise Institute. Huntsman, ex-governador de Utah, também sofre pela associação com Obama. "Todos perguntarão sobre seu período como embaixador do atual governo na China", diz Omstein. Para complicar, assim como Romney, Huntsman é mórmon, uma religião vítima de preconceito entre evangélicos, que formam o corpo do eleitorado republicano. Tim Pawlenty, conservador em economia e questões sociais, "enfrentará problemas quando investigarem melhor sua administração e descobrirem que ele não foi tão responsável no lado fiscal quanto demonstra", diz Omstein.

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