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Republicanos criticam Condoleezza Rice no Congresso

Por Agencia Estado
Atualização:

Senadores Republicanos criticaram o governo Bush e suas políticas no Iraque, Irã e nos territórios palestinos, durante o primeiro testemunho no Congresso da Secretária de Estado, Condoleezza Rice. O senador Chuck Hagel disse que não vê como a situação pode estar melhorando. Segundo ele, as coisas só pioram no Irã e Iraque. Ele questionou a possibilidade de os Estados Unidos terem impedido a chegada do Hamas ao poder, citando oportunidades desperdiçadas. "Agora nós temos uma situação muito desastrosa de uma organização terrorista vencendo eleições", afirmou. Condoleezza concordou que se trata de um momento difícil para o processo de paz, mas respondeu que não acredita que o governo americano seja responsável pela eleição do Hamas. "Se o Hamas aceitar os sinais dados pela comunidade internacional sobre o que será preciso para governar, pode ser, de fato, um avanço positivo". Apesar do tom do senador Hagel ser menos conservador que de outros colegas Republicanos, as críticas ressaltam a frustração difundida no Congresso sobre os problemas que o país vem enfrentando no Oriente Médio. A Secretária de Estado tentou tomar a ofensiva anunciando um pedido de US$ 75 milhões para a reconstrução da democracia no Irã, este ano. Ela afirmou que os Estados Unidos devem apoiar os iranianos que querem liberdade do que ela classificou como "regime radical". Sobre a questão do enriquecimento de urânio no Irã, ela recusou-se a detalhar que tipo de punição o governo americano está cogitando, apesar de ter admitido que o país está analisando o impacto de sanções de petróleo no Irã. O dinheiro para o Irã seria incluído no orçamento emergencial de 2006 que a Casa Branca pretende enviar ao congresso ainda esta semana, e seria usado para a transmissão de programas de rádio e televisão via satélite e programas para que iranianos estudem no exterior. Condoleezza Rice planeja uma viagem ao Oriente Médio na semana que vem, que inclui escalar no Egito, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

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