Republicanos e democratas dizem ter vencido disputa por controle do Senado

Americanos votam para representantes das duas Casas do Congresso e alguns governadores 

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Por Cláudia Trevisan , correspondente e Washington
Atualização:

WASHINGTON - Democratas e republicanos previram nesta terça-feira, 4, que sairão vencedores da disputa pelo controle do Senado americano, cujo resultado é crucial para os dois últimos anos de mandato do presidente Barack Obama. Eleitores em todo o país votam desde cedo em representantes para as duas Casas do Congresso, governadores e uma série de cargos estaduais.

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Contrariando as projeções de vitória da oposição, o vice-presidente Joe Biden afirmou na manhã desta terça que seu partido terá 52 das 100 cadeiras no Senado -uma a menos que o número atual. Em entrevista à rádio WPLR, de Connecticut, Biden previu vitória dos democratas no Alasca, Carolina do Norte, New Hampshire, Geórgia e Louisiana.

Em todos esses Estados, há uma ferrenha disputa entre candidatos republicanos e democratas. Mas na maioria deles, pesquisas de opinião divulgadas nos últimos dias davam vantagem aos republicanos.

Mitch McConnell, candidato ao Senado pelo Partido Republicano no Kentucky, disse que a oposição caminha para assumir o controle do Congresso. "Espero que nós tenhamos a nova maioria para levar a América a uma direção diferente", observou. "Acho que nós teremos um bom dia", ressaltou McConnell, que é líder de seu partido no Senado.

Nos últimos dias, as duas legendas se empenharam em convencer seus eleitores a comparecer aos locais de votação. As eleições de meio de mandato têm participação mais baixa que as presidenciais e costumam atrair cerca de 40% dos eleitores registrados. Tradicionalmente, o perfil dos que votam nesse tipo de pleito é mais conversador, o que favorece o Partido Republicano.

Os democratas se mobilizaram para tentar convencer jovens, negros e hispânicos a votarem, o que poderia ampliar as chances de seus candidatos.

Com popularidade combalida, Obama passou a manhã na Casa Branca e não tinha planos de participar de nenhuma atividade eleitoral. Muitos candidatos democratas se distanciaram do presidente, com temor de serem prejudicados por seu apoio. Alison Grimes, adversaria de McConnell no Kentucky, chegou ao extremo de se recursar a revelar em quem votou na eleição presidencial de 2008, quando Obama foi eleito pela primeira vez.

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