PUBLICIDADE

Republicanos elegem negro para liderar partido

Michael Steele não fazia parte da cúpula e derrotou 4 candidatos

Por AP , REUTERS e WP
Atualização:

O Partido Republicano, que atravessa sua pior crise dos últimos 15 anos, elegeu ontem pela primeira vez um negro como presidente. Michael Steele foi vice-governador do Estado de Maryland de 2003 a 2007 e concorreu a uma vaga no Senado em 2006, mas perdeu para o democrata Ben Cardin. A escolha de um negro para liderar o partido, segundo analistas, é um reflexo da eleição histórica de Barack Obama, o primeiro presidente negro dos EUA. Para a maioria dos republicanos, Steele sinaliza uma oportunidade de colocar na direção do partido uma nova cara, tática parecida com a usada pelo senador John McCain ao escolher a governadora do Alasca, Sarah Palin, para ser sua companheira de chapa na eleição presidencial do ano passado. Steele não fazia parte do comitê nem da cúpula republicana, por isso era considerado um azarão na disputa com outros quatro candidatos: Mike Duncan, atual presidente do partido e principal favorito; Katon Dawson, republicano da Carolina do Sul; Saul Anuzis, de Michigan; e Chip Saltsman, do Tennessee. "É hora de tentarmos coisas completamente diferentes e é isso que pretendo trazer para o partido", disse Steele, que derrotou Dawson por 97 a 77 após seis turnos de votação. "Os ventos da mudança estão soprando também no Partido Republicano." O novo presidente reconheceu que o partido tem um "problema de imagem" com o povo americano, principalmente após a desastrosa presidência de George W. Bush, mas afirmou que a escolha de um negro para o cargo representava um "novo momento" para os republicanos. DESAFIOS O primeiro desafio de Steele será colocar todo o seu carisma para trabalhar pela arrecadação de fundos para o partido, que este ano enfrentará a máquina democrata, impulsionada pelo fenômeno Obama, em duas eleições para governador: em Virgínia e New Jersey. Ele também terá de estruturar o partido para as eleições que renovarão parte do Congresso, em 2010.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.