Republicanos lançam campanha em hebraico para 350 mil eleitores de Israel
Presidente do partido em Israel, Marc Zell, afirma que objetivo é conquistar o voto de 200 mil eleitores, o dobro de americanos-israelenses que votaram em Mitt Romney em 2012
PUBLICIDADE
Por Redação
Atualização:
JERUSALÉM - O Partido Republicano lançou nesta segunda-feira, 15, em Israel uma campanha em hebraico para conseguir apoio a Donald Trump. Cerca de 350 mil pessoas residentes no país tem direito a votar na eleição americana.
A campanha, que é parecida em estética propagandista à feita nos Estados Unidos, tem o lema "Trump: Interesse israelense", explica o presidente do Partido Republicano em Israel, Marc Zell, ao ressaltar que até agora este tipo de iniciativa costumava ser feita em inglês e em plataformas anglo-saxônicas. A atual irá por meios mais israelenses e destacará a importância de Trump para a segurança de Israel a fim de convencer os eleitores.
PUBLICIDADE
Tudo isso para atrair os americanos de segunda e terceira gerações no país que, segundo Zell, já representam uma porcentagem considerável. "São israelenses para todos os efeitos. Não têm relação nem consciência política (segundo os parâmetros) dos Estados Unidos, de modo que, para convencê-los, necessitamos de uma campanha em hebraico", afirma.
A campanha, que começa nesta segunda-feira na cidade de Modi'in, também apelará aos interesses mais imediatos de Israel, um país onde a presidência de Barack Obama é vista com muito receio por parte da população.
"Hillary Clinton foi sua secretária de Estado, apoiou a política externa de Obama em todos os aspectos e diz que continuará com ela", afirma Zell ao citar, país por país, as consequências que a diplomacia do atual ocupante da Casa Branca supostamente teve no Oriente Médio. "Os interesses de Estados Unidos e Israel eram idênticos até que chegou Obama, e Trump fechará essa lacuna", garante.
Nas eleições de 2012, 100 mil americanos-israelenses foram às urnas, números que Zell pretende duplicar em novembro, sendo que 80% votaram pelo então candidato republicano Mitt Romney. "Não sei se realmente chegaremos aos 200 mil eleitores, mas entre os jovens de segunda e terceira gerações que entrevistamos há confluência com as ideias de Trump", diz.
Os insultos de Donald Trump
1 / 15Os insultos de Donald Trump
Donald Trump já insultou 250 pessoas, lugares e coisas pelo Twitter. Conheça alguns
O senador Marco Rubio participa de entrevista na Flórida. Trump já o chamou de "desonesto, falso e enganador" Foto: REUTERS/Javier Galeano
Donald Trump já insultou 250 pessoas, lugares e coisas pelo Twitter. Conheça alguns
Hillary Clinton discursa em Ohio: candidata à presidência foi chamada por Trump de "uma corrupta incompetente que quer encher os Estados Unidos de ref... Foto: AP Photo/Andrew HarnikMais
Donald Trump já insultou 250 pessoas, lugares e coisas pelo Twitter. Conheça alguns
Ex-presidente Bill Clinton cumprimenta eleitores na Filadélfia. Trump o chamou de racista e 'o pior abusador de mulheres da história' Foto: AP Photo/Matt Slocum)
Donald Trump já insultou 250 pessoas, lugares e coisas pelo Twitter. Conheça alguns
Trump também criticou países estrangeiros, como a Grã-Bretanha: "Estão tentando disfarçar o problema muçulmano" Foto: REUTERS/Paul Hackett/
Donald Trump já insultou 250 pessoas, lugares e coisas pelo Twitter. Conheça alguns
Bernie Sanders dá entrevista em Washington. Ele foi chamado por Trump de "um vendido louco que deveria estar em casa dormindo" Foto: Jabin Botsford/The New York Times
Donald Trump já insultou 250 pessoas, lugares e coisas pelo Twitter. Conheça alguns
Ted Cruz, no Senado. Pré-candidato republicano foi chamado de "um mentiroso desesperado e fraco" Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
Donald Trump já insultou 250 pessoas, lugares e coisas pelo Twitter. Conheça alguns.
McCain recebe o vice-premiê chinês no Senado. Trump disse que o republicano "nunca fez nada e é incapaz de fazer alguma coisa" Foto: REUTERS/Larry Downing
Donald Trump já insultou 250 pessoas, lugares e coisas pelo Twitter. Conheça alguns
Jeb Bush discursa em São Francisco: para Trump ele é um "fraco sem honra que jamais será presidente" Foto: Max Whittaker/The New York Times
Donald Trump já insultou 250 pessoas, lugares e coisas pelo Twitter. Conheça alguns
Presidente mexicano Enrique Peña Nieto discursa na Cidade do México. Trump disse que o "governo do país é totalmente corrupto e está nos matando" Foto: Reuters
Donald Trump já insultou 250 pessoas, lugares e coisas pelo Twitter. Conheça alguns
Obama discursa em Atlanta. Trump o chamou de "o pior presidente da história, com uma aparência ridícula, que não tem a menor noção de nada" Foto: Al Drago/The New York Times
: Donald Trump já insultou 250 pessoas, lugares e coisas pelo Twitter. Conheça alguns
O aiatolá Ali Khameni, líder supremo do Irã. País foi chamado por Trump de "um lugar que faz coisas às nossas costas" Foto: Office of the Iranian Supreme Leader via AP
Donald Trump já insultou 250 pessoas, lugares e coisas pelo Twitter. Conheça alguns
Chanceler alemã, Angela Merkel, participa de cerimônia no Parlamento da Bavária. Trump chamou o país de "uma bagunça total afetada pelo grande número ... Foto: ReutersMais
Donald Trump já insultou 250 pessoas, lugares e coisas pelo Twitter. Conheça alguns
Pré-candidato republicano John Kasich dá entrevista em Ohio de "um idiota muito fácil de derrotar" Foto: (Ty William Wright/The New York Times)
Donald Trump já insultou 250 pessoas, lugares e coisas pelo Twitter. Conheça alguns
Biden participa de cerimônia em Washington: Trump o chamou de "pouco inteligente" Foto: AFP PHOTO/Brendan SMIALOWSKI
Donald Trump já insultou 250 pessoas, lugares e coisas pelo Twitter. Conheça alguns
O presidente George W. Bush também foi alvo das críticas de Trump: "não é legal" Foto: EFE/Larry W. Smith
Ativistas republicanos colocarão cartazes nos principais shoppings de cidades como Jerusalém, Tel-Aviv e Haifa, e sairão às ruas em locais como Beit Shemesh e Ra'anana.
Publicidade
Toda a estratégia, incluído slogans, foi coordenada com a equipe pessoal de Trump, que enviou à região um carregamento de camisetas, bonés e adesivos para pedir o voto local. Seu assessor para questões israelenses, David Friedman, visitou o país na semana passada e, além de se reunir com funcionários do escritório do primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, manteve reuniões com os organizadores da campanha.
Perguntado sobre o impacto que o votante americano-israelense pode realmente ter no pleito, Zell lembra o crucial caso da Flórida em 2000, vencida por George Bush por 537 votos. "Bush não teria sido presidente se 1,5 mil americanos que vivem em Israel não tivessem votado", assegura sobre um voto que pode ter maior peso em três estados: Flórida, Ohio e Pensilvânia. / EFE