19 de março de 2011 | 16h02
Trezentos técnicos vêm lutando dentro de uma zona de risco para salvaguardar a usina Fukushima, de seis reatores, desde que foi atingida pelo terremoto e pelo tsunami que mataram 7.508 pessoas e deixaram 11.700 desaparecidos no nordeste japonês.
A crise múltipla e inédita custará à terceira maior economia do mundo quase 200 bilhões de dólares, o maior esforço de reconstrução do Japão desde a Segunda Guerra Mundial.
O acidente também afetou centrais nucleares ao redor de todo o mundo.
Como sinal encorajador para os que trabalham em Fukushima, a situação no reator mais crítico, o de número 3 - que contém plutônio altamente tóxico - parece ter se afastado do limite depois que carros de bombeiro o molharam durante horas.
Também progrediu o trabalho para reativar a eletricidade nas bombas de água usadas para resfriar o combustível nuclear superaquecido.
"Estamos fazendo progressos... (mas) não devemos ser muito otimistas", disse Hidehiko Nishiyama, vice-diretor da Agência de Segurança Nuclear do Japão.
Os engenheiros conectaram um cabo de força aos reatores 1 e 2, esperando restabelecer a eletricidade no final deste sábado. Eles também esperam chegar aos reatores 3 e 4 em breve para testar o religamento das bombas.
O sucesso pode ser uma guinada em uma crise já vista como tão grave quanto o acidente de Three Mile Island, nos Estados Unidos, em 1979. Senão, medidas drásticas podem ser necessárias, como cobrir a usina de areia e concreto como foi feito em Chernobyl após o pior desastre com um reator nuclear em 1986.
Os sistemas de resfriamento foram reativados nos menos críticos do seis reatores, 5 e 6, usando geradores a diesel.
"Parece que a situação se estabilizou em parte, mas ainda é muito séria", declarou Bo Stromberg, um analista da Autoridade de Segurança em Radiação da Suécia.
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