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Retomada de manobras militares está sujeita a discussão, diz Coreia do Sul

Governo afirma que nenhuma proposta de retomada ou suspensão de novas exercícios com os Estados Unidos na península 'ainda não foi debatida' pelos dois países

Atualização:

SEUL - A Coreia do Sul disse nesta quarta-feira, 29, que a retomada ou suspensão das manobras militares conjuntas com os Estados Unidos na península coreana está sujeita à discussão entre os dois países e, por hora, o tema não foi discutido formalmente. Nessa terça, 28, o secretário de Defesa americano, Jim Mattis, não descartou retomar os exercícios, lançando incertezas sobre a relação diplomática entre o governo Donald Trump e o regime de Kim Jong-un.

Tropas sul-coreanas realizam exercícios militares conjuntos com os Estados Unidos em Pohang, em abril deste ano. Foto: REUTERS/Kim Hong-Ji - 05/04/2018

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"A mudança da situação dos exercícios militares é um assunto que será discutido e decidido pela Coreia do Sul e os Estados Unidos durante revisão do progresso da desnuclearização da península coreana", informou o porta-voz do gabinete presidencial sul-coreano, Kim Eui-Kyeom. 

Em junho, após a cúpula entre Donald Trump e Kim Jong-un, os Estados Unidos e a Coreia do Sul anunciaram a suspensão das manobras como gesto de boa vontade ao líder norte-coreano. O regime sempre enxergou os exercícios militares na península como "provocações" americanas. Apesar de afirmar que a suspensão em vigor é válida apenas para manobras previstas para este ano, o governo sul-coreano reafirmou que a retomada das mesmas "ainda não foi debatida pelos países até o momento".

Nesta terça, o secretário de Defesa americano, Jim Mattis, declarou "não ter planos para suspender outros exercícios", abrindo caminho para a retomada das manobras militares na região.

A declaração lançou incertezas sobre a situação da relação diplomática entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte. Nas últimas semanas, a Casa Branca se mostrou desapontada com a falta de comprometimento do regime norte-coreano em cumprir o acordo de desnuclearização. A falta de confiança levou Trump a cancelar uma viagem agendada para esta semana de seu secretário de Estado, Mike Pompeo, à Pyongyang. //EFE

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