O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, disse no início do ano que iria à ONU, durante a Assembleia-Geral, pedir o reconhecimento do Estado palestino. Apesar da oposição de Israel e dos Estados Unidos, o líder entregou o pedido aos chefes do órgão internacional no dia 28 de setembro, em uma iniciativa apoiada pela maioria dos membros da entidade.
Veja também: PARA ENTENDER: A Palestina na Unesco ENTENDA: Admissão à ONU é processo lento HOTSITE: A busca pelo Estado palestino
A expectativa de Abbas é que o futuro Estado palestino abrigue a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, territórios ocupados por Israel na Guerra dos Seis Dias, de 1967, e a Faixa de Gaza, da qual o Estado judeu se retirou unilateralmente em 2005. Os israelenses rejeitam a iniciativa, dizendo que o assunto deve ser resolvido por meio de negociações - mesmo argumento usado pelos americanos.
O processo está sob avaliação de diferentes comitês da ONU, mas deve ser barrado no Conselho de Segurança devido ao poder de veto dos americanos. Os palestinos, porém, podem recorrer à Assembleia-Geral, onde precisam de maioria simples para obter o status de Estado observador.