26 de agosto de 2013 | 08h09
RAMALLAH - Reuniões das negociações de paz entre israelenses e palestinos que deveriam ocorrer nesta segunda-feira, 26, foram suspensas após uma ação do exército de Israel no campo de refugiados de Kalandia terminar com a morte de três palestinos, disse uma autoridade palestina.
"A reunião que estava agendada para ocorrer em Jericó foi cancelada por causa do crime israelense cometido em Kalandia hoje". As forças de segurança israelenses mataram três palestinos e feriram outros 19 durante uma operação de busca a um suspeito, segundo autoridades. Fontes da área de saúde disseram que Rubeen Abed Fares, 30 anos, e Yunis Jahjouh, 22 anos, foram alvejados no peito e Jihad Aslan, 20 anos, morreu de danos cerebrais.
O porta-voz da polícia de fronteira israelense, Shai Hakimi, disse que os policiais estavam em uma operação quando centenas de palestinos saíram às ruas e atiraram bombas, blocos de concreto e pedras contra os agentes de segurança.
Ele disse que os policiais utilizaram munições especiais, possivelmente balas de borracha e gás lacrimogêneo, para dispersar as manifestações. Segundo o representante, a polícia está investigando o incidente.
Em seguida, soldados correram para o local. O Exército israelense afirmou que os soldados abriram fogo após sentirem que suas vidas estavam em "perigo iminente". "Multidões violentas e grandes como esta, que superam significativamente o número de agentes de segurança, não deixam outra escolha a não ser recorrer a munição letal em legítima defesa", disse o porta-voz militar, o tenente-coronel Peter Lerner.
O primeiro-ministro palestino, Rami Hamdallah, condenou o incidente. "Esse crime demonstra a necessidade de uma proteção internacional urgente e eficaz para o nosso povo", disse ele em um comunicado./ AP e DOW JONES
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