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Revista diz que presidente Hollande tem caso com atriz francesa

Fotos mostram presidente em visitas frequentes ao apartamento de Julie Gayet, onde passaria noites

Por Andrei Netto e correspondente em Paris
Atualização:

PARIS - A revista Closer, publicação especializada na cobertura da vida pessoal de personalidades públicas, revelou na manhã desta sexta-feira, 10, que o presidente da França, François Hollande, tem uma amante. O pivô do escândalo é a atriz Julie Gayet, de 41 anos, que é próxima ao Partido Socialista (PS) e militou por sua candidatura em 2012. A informação gerou uma imensa controvérsia com repercussões políticas, assim como aconteceu com o ex-chefe de Estado Nicolas Sarkozy, em 2007.

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A edição com a reportagem de capa "O Amor Secreto do Presidente" foi lançada no site da revista no final da noite de quinta-feira 9. A matéria traz imagens de Hollande chegando de scooter, acompanhado de um segurança, e entrando no edifício da atriz. As fotos não mostram os dois juntos e, portanto, não provam que a relação de fato exista - embora rumores sobre o assunto circulem em Paris há vários meses.

O paparazzo contratado por Closer diz que Hollande permanece noites inteiras no local. "Ele passa as noites com ela a dois passos do Palácio do Eliseu", afirma a reportagem.

Pela manhã, o Palácio do Eliseu divulgou uma nota afirmando que Hollande "deplora profundamente os atentados ao respeito à vida privada, à qual ele tem direito como todo cidadão". A presidência informa ainda que examinará "todas as medidas, inclusive judiciais, contra a publicação".

Julie Gayet é uma atriz de cinema e milita pelo PS, tendo participado de um vídeo de apoio a Hollande durante a campanha eleitoral de 2012. Na gravação, vista mais de 400 mil vezes no site DailyMotion, a atriz comenta as virtudes do então candidato a presidente. "Ele continua sendo quem ele é. Suas convicções e sua retidão estão lá", diz. "Desde que o encontrei, ele continua igual. Essa constância é muito forte. O que ele diz, ele faz."

Fortes críticas foram feitas em redes sociais, questionando se o presidente, que tem apenas 24% de aprovação popular, tinha tempo para cuidar da França, mas nesta sexta-feira o tom foi muito mais ameno e de respeito à vida privada. Até Marine Le Pen, líder do partido de extrema-direita Frente Nacional, disse considerar o assunto de ordem pessoal. "Todo atentado à vida privada me choca", afirmou.

Essa é a segunda polêmica envolvendo mulheres e o presidente desde o início de seu governo. Logo após a posse, a jornalista Valérie Trierweiller, protagonizou cenas públicas de ciúmes com a ex de Hollande, Ségolène Royal, um dos expoentes do PS. Seu antecessor, Nicolas Sarkozy, também enfrentou um escândalo público semelhante em 2007, em pleno mandato, quando foi deixado pela primeira-dama, Cécile Sarkozy, casando-se meses mais tarde com a modelo e cantora Carla Bruni.

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