Revogação de lei contra gays em Forças Armadas é vitória de Obama

Mais de 13,5 mil membros das tropas norte-americanas foram expulsos em virtude dessa lei de 1993

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Por AE
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WASHINGTON - Em uma audiência histórica para os direitos dos homossexuais nos Estados Unidos, o Senado do país aprovou, em votação de procedimento, o avanço para a votação final de revogação de uma norma que proíbe que gays declarados se alistem nas Forças Armadas norte-americanas. A derrubada da lei foi promessa da campanha presidencial de Barack Obama em 2008.Veja também:linkObama pede a Senado que aprove tratado com RússialinkSenado dos EUA derruba lei sobre cidadania a imigranteO placar de 63 votos contra 33 representa um sinal de que é virtualmente segura a aprovação final por parte do Senado, que pode ocorrer ainda hoje. Nesse caso, a iniciativa chegará às mãos do presidente Barack Obama até o fim do ano. No início desta semana, a Câmara de Representantes havia aprovado uma versão idêntica da iniciativa, por 250 votos contra 174.A revogação significaria que, pela primeira vez na história dos EUA, os gays poderão ser aceitos abertamente para servir às Forças Armadas e declarar sua orientação sexual sem receio de serem expulsos. Mais de 13,5 mil membros das tropas norte-americanas foram expulsos em virtude dessa lei de 1993.Os republicanos haviam bloqueado votações anteriores sobre o projeto de lei alegando razões de procedimento, mas com um estudo publicado pelo Pentágono em favor da revogação da proibição, vários republicanos se uniram aos democratas para aprovar o projeto.A aprovação supõe uma vitória política para os democratas e o Congresso, que tem enfrentado dificuldades nos últimos dias deste ano para superar as objeções republicanas. Grupos em favor dos direitos dos homossexuais haviam dito que a votação era a melhor oportunidade para mudar a lei, diante da proximidade com janeiro, quando os republicanos assumirão o controle da nova Câmara de Representantes.Apesar dos sinais de que o projeto estava próximo da aprovação, seus apoiadores não quiseram deixar espaço para a possibilidade de derrota e intensificaram horas antes seus esforços para uma votação favorável. Uma das ações incluiu um protesto silencioso nas arquibancadas de visitantes que dão para o recinto do Senado."Simplesmente não podemos deixar que o tempo passe e se perca essa oportunidade histórica", disse o diretor executivo da Rede de Defesa Legal de Membros Militares, Aubrey Sarvis, cujos partidários se comprometeram a permanecer sentados na galeria do Senado até a revogação da lei.   As informações são da Associated Press.

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