21 de julho de 2008 | 14h43
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, disse nesta segunda-feira, 21, que o Irã tem duas semanas para responder à proposta feita por países europeus para que suspenda o enriquecimento de urânio. Caso contrário, o Conselho de Segurança da ONU deverá impor novas sanções ao país. Rice declarou que o país deve dar uma "resposta séria" dentro do limite estipulado por seis potências, em troca de incentivos se Teerã abandonar o enriquecimento de urânio. "Nós estamos na posição mais firme possível para demonstrar que se o Irã não agir, será a hora de colocar aquelas sanções (adicionais)", continuou. Veja também: Conversas sobre programa nuclear são passo importante, diz Irã 'Irã deve escolher entre cooperação e confronto', dizem EUA A chefe da diplomacia americana deu o ultimato durante escala em Shannon (Irlanda), em viagem para o Oriente Médio e a Ásia. Foi seu primeiro comentário desde o encontro do governo iraniano com o alto representante de Política Externa e Segurança Comum da União Européia (UE), Javier Solana, e com o subsecretário de Estado para Assuntos Políticos dos Estados Unidos, William Burns, em Genebra, no sábado. "Se não houver uma resposta séria em duas semanas, ainda teremos disponível a via de Nova York", afirmou a secretária, referindo-se a uma decisão Conselho de Segurança da ONU que já estipulou três pacotes de sanções ao Irã.Em Jerusalém, onde discursou no Parlamento de Israel, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, reafirmou que "o Irã agora tem uma escolha clara a fazer: suspender seu programa nuclear e aceitar nossa oferta de negociações ou enfrentar isolamento crescente e a reação coletiva não somente de um país, mas de todos os países do mundo."Em Teerã, o vice-ministro iraniano das Relações Exteriores, Ali Reza Sheikh Attar, elogiou o fato de os EUA terem participado diretamente de conversações com o Irã no último fim de semana, em Genebra, pela primeira vez. O Irã sustenta que seu programa nuclear é civil e tem finalidades pacíficas, estando de acordo com as normas do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, do qual é signatário. Os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) têm informado em relatórios não haver sinais de um programa nuclear com fins militares e as agências de inteligência dos EUA divulgaram relatório há alguns meses afirmando ter evidências de que o programa nuclear militar do Irã foi encerrado em 2003. (Matéria atualizada às 17h10) (Com Agência Estado, Associated Press e Reuters)
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