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Rice diz que países podem usar Conselho da ONU contra Irã

Primeiro-ministro britânico negou, no entanto, existência de plano para atacar Teerã

Por Agencia Estado
Atualização:

A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, disse nesta quinta-feira, 22, que as potências mundiais pretendem utilizar o Conselho de Segurança da ONU para fazer com que o Irã suspenda seu programa nuclear. No mesmo dia, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, disse que nenhum ataque contra Teerã está sendo planejado. "Vamos usar nossos canais disponíveis e o Conselho de Segurança para tentar alcançar esse objetivo", afirmou Rice, após um café da manhã em Berlim com os ministros das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, e da Rússia, Sergei Lavrov, e com o chefe de política externa da União Européia, Javier Solana. Nesta quinta, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgou um relatório que confirma que o país ampliou seu programa nuclear ao invés de suspendê-lo, como determinava uma resolução da ONU anunciada em dezembro. Solução diplomática O primeiro-ministro britânico voltou a negar que um eventual ataque contra Teerã esteja nos planos das potências mundiais. Blair defendeu uma solução diplomática para o conflito entre o Irã e o Ocidente e disse que essa seria a única resposta "viável e sensata". "O Irã não é o Iraque", disse o primeiro-ministro em entrevista à BBC. "Não existe, até onde sei, nenhum plano para realizar um ataque ao Irã e as pessoas estão atrás de uma solução diplomática e política." Novas sanções O relatório divulgado nesta quinta-feira, 22, pela AIEA confirma que Teerã ampliou seu programa nuclear nos últimos meses. Tal conclusão deve expor o Irã a sanções mais amplas por parte das potências mundiais, que temem que o país esteja buscando adquirir bombas atômicas. Entre as possíveis sanções, está a ampliação de um documento elaborado pela ONU, que lista os iranianos proibidos de deixar o país. Outra medida seria o fim das garantias de exportação ao Irã e a ampliação do embargo nuclear, transformando-o em um embargo de armas. O prazo imposto para que o Irã encerrasse o enriquecimento de urânio expirou na quarta-feira, 21. Como parte das negociações, Teerã ofereceu garantias de que não busca armas nucleares, mas recusou-se a suspender o programa como uma condição prévia às negociações. Este texto foi atualizado às 20 horas para acréscimo de informações

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