Rice pede que russos mantenham linha dura com Hamas

Secretária de Estado americana quer que Moscou dê mensagem clara contra ataques terroristas

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Por Agencia Estado
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A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, encorajou seu colega russo, o ministro das Relações Exteriores Sergey Lavrov, a mandar uma mensagem clara e forte aos líderes do Hamas de que o grupo deve parar todos os ataques terroristas contra Israel. O presidente russo, Vladimir Putin, convidou nesta quinta-feira políticos do partido vencedor das eleições parlamentares palestinas para um encontro em Moscou. Nesta sexta-feira Israel reagiu com fúria ao convite. De acordo com o porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack, funcionários do governo russo garantiram que "irão mandar essa mensagem de maneira muito clara, como um forte sinal". Rússia, Estados Unidos, ONU e União Européia (grupo conhecido como Quarteto de Madrid) aprovaram recentemente um comunicado em resposta à vitória do Hamas em que pedem que o grupo renuncie a violência. Encontros com o Hamas não estão previstos no acordo. Desta forma, cada governo deve decidir se conversará com o grupo islâmico unilateralmente, informou o porta-voz do Departamento de Estado. "Os russos tomaram essa decisão", disse McCormak. Já o governo do presidente Bush prometeu não estabelecer nenhum contato com o Hamas até que o grupo renuncie a violência e aceita a existência de Israel. Paralelamente às conversações de Rice com Lavrov, o subsecretário de Estado Nicholas Burns e outros funcionários do governo americano já entraram em contato com seus colegas russos para enfatizar a percepção de que o Hamas é uma organização terrorista, continuou McCormack. A mensagem dos EUA para a Rússia é que "eles devem ser consistentes em mandar essa mensagem para o Hamas". Putin fez seu convite ao Hamas nesta quinta-feira, durante uma visita à Espanha. "nós nunca consideramos o Hamas uma organização terrorista", ele disse. "Como mantivemos nossos contatos com o grupo, nós pretendemos convidá-los para uma visita a Moscou no futuro próximo. Queremos soluções para os problemas dos palestinos", completou.

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