22 de março de 2011 | 10h47
Gates e outros altos funcionários dos EUA se disseram surpresos com os comentários do primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, e de outras lideranças criticando a campanha militar, por temer mais mortes de civis. "É perfeitamente claro que a grande maioria, se não quase todas, as mortes civis foram causadas por Kadafi", disse Gates. "Virtualmente todos nossos alvos estão em áreas isoladas e não povoadas, e nós fomos muito cautelosos quanto a isso."
Kadafi chegou a dizer que foram mortos vários civis pelos ataques aéreos internacionais, autorizados por uma resolução do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovada na quinta-feira passada. Gates considerou estranho que algumas pessoas acreditem nas declarações do líder líbio, que, segundo ele, "são totalmente mentirosas".
Já Serdyukov disse que a Rússia quer um cessar-fogo imediato na Líbia e o início de negociações políticas. "Nós pedimos que (os dois lados) façam de tudo para encerrar a violência", disse o ministro russo após a reunião com Gates. Serdyukov acrescentou que Moscou acredita que civis líbios tenham morrido em ataques ocidentais. "Nós estamos convencidos de que o caminho mais curto para a segurança dos civis pacíficos é um cessar-fogo imediato e o início do diálogo", afirmou Serdyukov.
A Rússia, assim como a China, se absteve na votação da semana passada no Conselho de Segurança, que aprovou uma ação militar na Líbia para proteger civis contra as forças de Kadafi. Ontem, o presidente russo, Dmitry Medvedev, sugeriu que Moscou poderia ajudar a mediar uma solução política para o conflito. As informações são da Dow Jones.
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