Rituais indicam quem vai suceder John Gotti

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Por Agencia Estado
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O enterro do chefão mafioso John Gotti, marcado para amanhã, está sendo aguardado como um acontecimento digno de um filme de Hollywood. A polícia de Nova York armou um forte esquema de segurança para manter a ordem ao redor do local do velório, no Queens, para onde centenas de amigos e parentes têm acorrido. Do lado de fora há um batalhão de fotógrafos e, num furgão da Força Tarefa contra o Crime Organizado, agentes fotografam quem entra e sai. Chefe da família mafiosa Gambino, a mais poderosa dos EUA, Gotti morreu segunda-feira de câncer aos 61 anos, numa prisão em que cumpria desde 1990 pena por assassinato e extorsão. Os funerais de um chefe mafioso seguem rituais precisos que a polícia observa com atenção para compreender qual será a evolução na "cúpula" da Cosa Nostra. Quem beija quem nas cerimônias é outro sinal importante, porque o homem que recebe mais beijos é provavelmente o herdeiro do chefe mafioso. Foi precisamente contando os beijos recebidos por Gotti numa reunião na época do Natal, poucos dias depois do assassinato de Paul Castellano, em 1985, que a polícia descobriu que ele era o novo "padrinho". Gotti não era popular entre as outras famílias da Cosa Nostra, mas os Bonannos, Colombos e Luccheses enviaram representantes hoje. Seu filho John Gotti Jr., está preso. No velório estavam hoje a mulher Victoria, e os filhos Victoria, Angela e Peter.

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