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Rivalidade de Quito e Guayaquil divide o país

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Por Redação
Atualização:

"Não se meta com Guayaquil" é o principal slogan da campanha pelo "não" no referendo constitucional de hoje na cidade mais populosa do Equador (2 milhões de habitantes), que abriga o porto fluvial e marítimo mais importante do país, assim como o chamado núcleo duro da oposição ao presidente Rafael Correa (por sinal, nascido na cidade). Desde que o atual prefeito, Jaime Nebot, passou a reivindicar mais autonomia para a cidade - pela qual passam mais de 75% das exportações equatorianas -, no começo do ano, a rivalidade com a capital, Quito, se aprofundou. "Guayaquil é uma espécie de Santa Cruz de Correa", disse ao ?Estado? o economista da Universidade Central de Quito Javier Pérez, referindo-se à região da Bolívia que lidera a campanha por autonomia. "A diferença é que não existem nas várias regiões do Equador diferenças étnicas como as que se registram na Bolívia." "Embora o conceito de autonomia seja muito amplo - de maior grau de administração de recursos tributários até o rompimento com o governo central - e Guayaquil não tenha aspirações separatistas, o discurso no qual se sustenta que Quito discrimina a cidade pode alimentar ressentimentos que poriam em risco a unidade nacional"?, adverte Bertha García Gallegos, da Universidade Católica do Equador.

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