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RSF denuncia assassinato de outros dois jornalistas no Iraque

É o segundo caso de jornalista morto na região nas últimas duas semanas

Por Agencia Estado
Atualização:

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) lamentou neste sábado o assassinato de mais um jornalista no Iraque, oito dias depois da descoberta do corpo de um cinegrafista desaparecido desde o dia 30 de dezembro de 2006. Com a morte de Judr Younis al-Obaidi, ocorrida na sexta-feira à noite em Mossul, e a de Ahmed Hadi Naji, em Bagdá, são 141 os jornalistas ou colaboradores assassinados no Iraque desde o início da invasão das tropas comandadas pelos Estados Unidos, em março de 2003. Younis Al-Obaidi, que trabalhava para vários veículos - principalmente para o jornal local "Al-Diwan" -, foi baleado na sexta-feira à noite por homens armados quando voltava para sua casa, em Mossul. Já o corpo de Hadi Naji foi encontrado num necrotério de Bagdá no último dia 5 com um tiro na cabeça. Ele desaparecera em 30 de dezembro, a caminho do escritório da agência americana "Associated Press", para a qual prestava serviços. "Infelizmente temos motivos para temer que, no contexto da guerra e de uma impunidade total, o Iraque siga como o país mais perigoso do mundo para a imprensa nos próximos meses", afirmou a RSF. A organização, que expressou suas condolências às famílias, reiterou seu pedido às autoridades iraquianas para que façam todo o possível para esclarecer estes assassinatos - em caso contrário, "a persistente impunidade levará a uma contínua carnificina".

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