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Ruanda acusa de subversão homem que evitou centenas de mortes em massacre

Paul Rusesabagina, que abrigou tutsis durante genocídio de 1994, diz que governo quer difamá-lo

Atualização:

KIGALI - As autoridades da Ruanda acusam Paul Rusesabagina, o homem que abrigou centenas de pessoas da etnia tutsi em seu hotel durante o massacre de 2004, de cooperar e financiar comandantes de um grupo extremista rebelde.

 

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O promotor-geral da Ruanda, Martin Noga, acusa Rusesabagina de ajudar a financiar o que ele considera como "atividades terroristas" no país ao dar dinheiro a comandantes das Forças Democráticas da Libertação da Ruanda (FDLR).

 

Rusesabagina, que inspirou o filme Hotel Ruanda, história sobre como ele salvou os tutsi em seu hotel, nega as acusações. O ruandês, que vive no exílio, também é acusado de cooperar com Victoire Ingabire, líder de oposição acusada de trabalhar com grupos terroristas.

 

Correspondentes dizem que nos últimos anos, Rusesabagina criticou o presidente Paul Kagame, que também enfrenta protestos de vários setores da oposição. Rusesabagina acusa o mandatário de fazer campanha contra ele.

 

"É o último passo da campanha que o governo de Ruanda faz contra mim, que incluem comentários do próprio presidente, mentiras e assédio", disse. "Não sou um homem de violência, mas ninguém que se opõe a Kagame recebe esse tipo de tratamento", disse o exilado, contra quem ainda não foram registradas as acusações formalmente.

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