18 de agosto de 2009 | 20h25
O maior foco de conflito entre o governo de Cristina Kirchner e os agricultores e pecuaristas é justamente por causa da cobrança desses impostos. Os poderes especiais do Executivo expiram no fim deste mês, mas a prorrogação já foi aprovada pela Câmara e deve ser avalizada pelo Senado. Os líderes rurais tinham a esperança de que a matéria não fosse revalidada pelos deputados e senadores, após a derrota eleitoral do governo nas eleições parlamentares de junho último. Com o fim desses poderes, os ruralistas poderiam conseguir uma liminar na Justiça alegando inconstitucionalidade das retenções.
"Os produtores precisam de soluções urgentes para os problemas do setor e o governo não pode ignorar a situação financeira grave que os produtores enfrentam pela crise econômica, a seca e a falta de uma política agropecuária", reclamou Eduardo Buzzi. "Se for necessário, voltaremos às rodovias para protestar", avisou. No ano passado, os produtores realizaram um boicote que durou 14 dias e provocou desabastecimento no país. Os argentinos enfrentaram tensão, protestos e confrontos nas rodovias durante quase três meses. Agora, os produtores retomaram a mobilização, que promete crescer nos próximos dias. Mas até o momento, ainda não falam sobre realizar um novo locaute.
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