Rússia alerta Tailândia para possível ataque do Estado Islâmico

De acordo com relatório da polícia que cita o Serviço de Segurança Federal da Rússia, dez síria vinculados ao grupo jihadista entraram no país em outubro para realizar atentatos contra interesses russos

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BANGCOC - Um relatório da polícia tailandesa, que cita o Serviço de Segurança Federal da Rússia (FSB, a antiga KGB), foi divulgado pela imprensa da Tailândia nesta sexta-feira, 4, e afirma que dez sírios vinculados ao Estado Islâmico (EI) entraram no país asiático em outubro para realizar atentados contra interesses russos no país.

O documento, elaborado pelo serviço de inteligência da polícia no dia 27 de novembro e marcado como "urgente", pede que as autoridades intensifiquem a vigilância nas "zonas indicadas sobre as quais as autoridades russas mostraram preocupação".

O vice-porta-voz da polícia da Tailândia, major Songpol Wattanachai , responde perguntas sobre a relatório de segurança vazado pela imprensa Foto: AFP PHOTO / Christophe ARCHAMBAULT

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Essas zonas incluem locais relacionadas com os aliados que participam da campanha contra o EI na Síria como Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Bélgica, Suécia e Austrália, segundo o documento divulgado hoje pelo site "Khaosod".

O relatório indica que quatro dos suspeitos viajaram para a cidade turística de Pattaya e outros dois para Phuket, duas localidades que contam com comunidades russas permanentes. Além disso, outros dois foram para a capital Bangcoc, enquanto outros dois teriam ido para um local desconhecido.

O FSB enviou um alerta ao Conselho de Segurança Nacional da Tailândia, que o remeteu ao Escritório do Corpo Especial da Polícia, que elaborou o relatório que foi enviado para todas as suas unidades de investigação, segundo a imprensa local.

O chefe da polícia tailandesa, Jakthip Chaikinda, disse que o documento vazado pela imprensa é autêntico e anunciou que a segurança será reforçada. Até o momento, a informação não foi confirmada pelas autoridades russas.

A Rússia iniciou no dia 30 de setembro uma campanha de bombardeios aéreos na Síria, um mês antes da derrubada de um avião russo com 224 passageiros no Egito, em uma ação reivindicada por um grupo vinculado ao EI. / EFE, AFP e REUTERS

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